Um caso que parece roteiro de filme está sacudindo o Rio de Janeiro e agora chegou ao coração da política fluminense. Deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) exigem que o funkeiro MC Poze do Rodo explique, diante das autoridades, como sua SUV Defender, avaliada em mais de meio milhão de reais, foi roubada, recuperada em tempo recorde e ainda devolvida com o tanque completamente cheio.
O episódio ganhou contornos ainda mais polêmicos após o próprio artista declarar, em vídeo nas redes sociais, que tinha “certeza absoluta” de que o carro voltaria, justificando sua confiança com a frase: “Sou querido no Rio.” A declaração caiu como uma bomba, gerando questionamentos sobre possíveis influências ocultas e a estranha eficiência na recuperação do veículo — um contraste gritante com a realidade da maioria dos cidadãos, que veem seus bens desaparecerem sem rastros.
Parlamentares afirmam que a situação não pode ser tratada como simples coincidência. Para eles, o fato de um automóvel de luxo ser devolvido em tão pouco tempo, e em perfeitas condições, levanta suspeitas sobre quem realmente controla o território e impõe regras na capital fluminense.
Enquanto isso, nas ruas, a população reage entre ironia e indignação. Muitos apontam que, se a mesma agilidade fosse aplicada em todos os casos de roubo, o Rio teria índices criminais bem diferentes. Outros questionam se a devolução não representa uma demonstração de poder paralelo, onde a lei não está nas mãos do Estado, mas de grupos que decidem quem deve ou não ser prejudicado.
O mistério em torno do carro de MC Poze já ultrapassa o mundo do entretenimento e entra no terreno explosivo da política e da segurança pública. A pergunta que não quer calar é: quem realmente manda no Rio de Janeiro?