Na noite desta segunda-feira, um episódio de extrema violência chocou moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O subtenente da Polícia Militar, Sidney dos Santos, foi executado brutalmente no estacionamento do supermercado Assaí Atacadista da Gardênia Azul, em Jacarepaguá.
De acordo com as primeiras informações, o crime teria sido motivado por uma ordem direta de traficantes que dominam a região. Testemunhas relatam que homens fortemente armados, vindos da área conhecida como Favelão da Gardênia Azul, saíram em motos em direção ao estabelecimento após receberem a informação de que um suposto miliciano estaria fazendo compras no local.
IMAGENS FORTES
Em uma ação rápida e calculada, os criminosos, portando fuzis de guerra e pistolas automáticas, cercaram o estacionamento e identificaram o alvo. O subtenente Sidney dos Santos, que não teve tempo de reagir, foi atingido por diversos disparos. Segundo relatos, os tiros foram direcionados à cabeça e ao tórax, configurando uma execução sumária, em plena luz dos refletores do supermercado.
Clientes e funcionários entraram em pânico, correndo para dentro da loja e se escondendo entre prateleiras e depósitos. Muitos acreditavam se tratar de um assalto em andamento. O desespero tomou conta do ambiente, com pessoas chorando e relatando cenas de guerra no meio de um local onde famílias estavam realizando suas compras cotidianas.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente e equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) isolaram a área. No entanto, os criminosos conseguiram fugir rapidamente em direção às comunidades da região, sem serem capturados até o momento.
A execução do subtenente reacende o alerta sobre a violência descontrolada que atinge a Zona Oeste e, em especial, o bairro da Gardênia Azul, marcado por intensas disputas entre facções criminosas e grupos paramilitares. A ordem de execução atribuída a traficantes mostra a ousadia do crime organizado, que mais uma vez desafia as forças de segurança em plena área pública.
O corpo do policial será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), enquanto a Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar os autores do ataque. A tragédia deixou em choque familiares, colegas de farda e a população local, que cobram uma resposta imediata das autoridades diante de mais um episódio de violência brutal.