Uma proposta polêmica apresentada pelo deputado Paulo Bilynskyj está gerando fortes debates no cenário político nacional. O parlamentar defendeu publicamente a ideia de separar o Brasil em dois países, criando o chamado “Brasil do Norte”, que englobaria as regiões Norte e Nordeste, e o “Brasil do Sul”, formado pelos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Segundo Bilynskyj, a divisão seria uma solução para reduzir desigualdades e permitir que cada parte do país pudesse ser administrada de acordo com suas características culturais, econômicas e sociais. “São realidades muito diferentes, que exigem gestões distintas e focadas em suas necessidades específicas”, afirmou o deputado.
A declaração provocou repercussão imediata, com críticas vindas de diversos setores da sociedade e do próprio Congresso Nacional. Parlamentares contrários ao projeto classificaram a ideia como antidemocrática e perigosa, ressaltando que a Constituição Federal não prevê qualquer possibilidade de fragmentação do território brasileiro.
Especialistas em ciência política também alertam para os riscos de um discurso separatista, lembrando que o Brasil é reconhecido mundialmente pela sua diversidade cultural e pela força de sua unidade territorial. “Dividir o país não resolve desigualdades regionais, pelo contrário, pode aprofundá-las e gerar instabilidade econômica e social”, destacou a professora de política nacional, Maria Ferreira.
Nas redes sociais, a proposta rapidamente se tornou assunto entre internautas, gerando memes, críticas e até manifestações de apoio. Alguns usuários defenderam que a fala do deputado reflete o descontentamento de parte da população com a gestão pública e a disparidade no desenvolvimento entre regiões.
Apesar da repercussão, analistas avaliam que a proposta tem poucas chances de avançar, mas acende um alerta sobre o crescimento de discursos radicais no debate político brasileiro.