O caos tomou conta da Comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (25). Traficantes do Comando Vermelho (CV) atearam fogo em pneus para impedir o avanço da Polícia Militar, transformando as ruas em um verdadeiro cenário de guerra.
O que antes era considerado um lugar tranquilo para viver, hoje se tornou um dos retratos mais sombrios da violência urbana. Moradores, que no passado desfrutavam de uma comunidade calma e familiar, agora convivem diariamente com o terror imposto pelo tráfico. Barricadas erguidas em pontos estratégicos bloqueiam o acesso de viaturas, enquanto o lixo se acumula pelas vielas, reforçando a sensação de abandono.
Segundo relatos, usuários de drogas circulam livremente, transformando becos e praças em pontos de consumo a céu aberto. “Aqui já foi um bom lugar de morar, mas agora virou um inferno”, desabafou uma moradora, com medo de mostrar o rosto.
A escalada da violência na região não é novidade. Desde que o CV assumiu o controle da Chacrinha, o cenário mudou radicalmente: tiroteios constantes, insegurança e degradação urbana se tornaram rotina. Para muitos, a comunidade se transformou em um verdadeiro lixão, repetindo o mesmo enredo de outras áreas dominadas pela facção criminosa.
Enquanto isso, famílias vivem presas em suas casas, escolas enfrentam dificuldades para manter as aulas e comerciantes relatam queda brusca nas vendas. “Ninguém quer passar por aqui. O medo afasta todo mundo”, disse um comerciante local.
Com a polícia recuando diante das barricadas e a facção cada vez mais fortalecida, a sensação é de que a Chacrinha foi tomada pelo crime organizado — deixando seus moradores à mercê de um regime de medo e violência.
👉 A pergunta que fica: até quando o Estado vai permitir que comunidades inteiras vivam sob o domínio do tráfico?