A disputa judicial entre o Athletico Paranaense e sua ex-patrocinadora, a Ligga Telecom, ganhou contornos polêmicos e inusitados. A empresa, que tinha os naming rights da Arena da Baixada, acusa o clube de ter prejudicado sua imagem com uma campanha de marketing “assustadoramente equivocada”, que teria associado o estádio e o próprio Athletico a rituais satânicos, pactos malévolos e à figura do demônio.
Segundo a Ligga, as ações promocionais foram lançadas em um momento de forte pressão esportiva — o Furacão lutava para escapar do rebaixamento à Série B — e buscavam atrair o público com uma estética sombria e provocativa. No entanto, de acordo com a empresa, o resultado foi desastroso: “a campanha acabou gerando interpretações negativas e ofensivas, impactando a reputação da marca”, afirmou a operadora em nota anexada ao processo.
Por outro lado, o Athletico-PR cobra R$ 32 milhões da Ligga por inadimplência e multas contratuais, alegando que a rescisão unilateral por parte da patrocinadora foi indevida. A relação entre clube e empresa azedou após divergências sobre pagamentos e uso da marca “Arena Ligga”.
O caso segue em análise na Justiça, com ambas as partes trocando acusações de danos morais e quebra de contrato. Fontes ligadas ao processo afirmam que o imbróglio pode se arrastar por meses — e até mesmo afetar futuras negociações de naming rights do estádio.
Enquanto isso, a repercussão das acusações envolvendo “satanismo” e “pactos malévolos” gera debate nas redes sociais, dividindo torcedores e reacendendo discussões sobre os limites da provocação no marketing esportivo.



