A noite desta sexta-feira (7) foi marcada por uma nova escalada de violência na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Milicianos oriundos da comunidade de Rio das Pedras invadiram a Gardênia Azul e abriram fogo contra frequentadores de um bar, espalhando pânico entre moradores e comerciantes da região.
Segundo informações preliminares, o ataque teria sido uma retaliação à morte de um homem ligado à exploração de “gatonet” em Rio das Pedras, executado horas antes por criminosos do Comando Vermelho (CV). O assassinato teria acirrado ainda mais a disputa entre milicianos e traficantes, que disputam o controle de áreas lucrativas de serviços clandestinos e do tráfico de drogas.
Moradores relataram momentos de desespero e correria. “Foi muito tiro. Todo mundo correu pra dentro de casa. Parecia guerra”, contou uma testemunha, que pediu para não ser identificada por medo de represálias.
A Polícia Militar foi acionada e reforçou o patrulhamento na região, principalmente nas vias de acesso entre as comunidades. Até o momento, não há informações sobre feridos ou mortos, mas o clima é de tensão e medo. Agentes do Batalhão de Jacarepaguá (18º BPM) permanecem em operação para evitar novos confrontos.
O episódio evidencia a fragilidade da segurança pública na Zona Oeste, onde milícias e facções criminosas travam uma guerra silenciosa — porém constante — pelo domínio territorial. Autoridades investigam se o ataque foi planejado como um recado direto à facção rival e tentam identificar os autores do tiroteio.
Enquanto isso, os moradores da Gardênia Azul vivem mais uma noite de incerteza, sob o som dos tiros e o medo que já se tornou rotina.



