O Paraná viveu um dos episódios mais trágicos de sua história recente. Um tornado de categoria EF3, com ventos que ultrapassaram os 250 km/h, devastou parte do estado e deixou um rastro de destruição, dor e luto. Entre as seis vítimas fatais confirmadas está Julia Kwapis, uma jovem de apenas 14 anos, moradora de Rio Bonito do Iguaçu.
Segundo relatos de familiares, Julia estava na casa de uma amiga quando o fenômeno atingiu a região de forma repentina e violenta. Em poucos segundos, as paredes foram arrancadas, o telhado voou e os fortes ventos arrastaram a adolescente para fora da residência. Equipes de resgate encontraram o corpo da jovem a dezenas de metros de distância do local, em meio aos destroços deixados pela tempestade.
Moradores descreveram cenas de pânico e desespero, com casas completamente destruídas, árvores arrancadas pela raiz e veículos lançados a grandes distâncias. A Defesa Civil informou que centenas de famílias ficaram desalojadas e equipes continuam trabalhando incansavelmente na busca por desaparecidos e na assistência às vítimas.
Amigos e professores de Julia prestaram homenagens nas redes sociais, descrevendo-a como uma menina doce, estudiosa e cheia de sonhos. “É impossível acreditar que uma tragédia dessas levou alguém tão especial”, escreveu uma colega da escola.
As autoridades do Paraná decretaram luto oficial de três dias e reforçaram o alerta para novos temporais previstos para os próximos dias. O fenômeno que vitimou Julia e outras cinco pessoas reacende o debate sobre os efeitos extremos das mudanças climáticas e a vulnerabilidade de comunidades inteiras diante de eventos meteorológicos cada vez mais intensos.



