Um caso envolvendo um motorista do Uber, uma passageira e uma acusação espalhada em grupos de Whatsapp virou caso de polícia, em Macaé. Na semana passada, o motorista identificado como Carlos Eduardo, procurou a 123ª DP como vítima de constrangimento ilegal e difamação. Segundo a versão da passageira, ela teria solicitado o Uber no dia 06/02. Ao fim da corrida, ela enviou um áudio a uma amiga pelo Whatsapp informando que havia sido assediada pelo motorista. Na mensagem, ela afirma que Carlos estaria tocando suas partes íntimas. A amiga espalhou a história em posts nas redes sociais alertando as pessoas a não solicitarem corridas com o motorista, espalhando nome e foto dele. As postagens se espalharam rapidamente pelo aplicativo de mensagens. Após o caso, Carlos, viu sua vida virar de cabeça para baixo. “De uma hora para outra ele viu as chamadas reduzirem 98%. As pessoas pediam e cancelavam a corrida ao ver o carro e a foto dele. Em conversa com nossa equipe, o motorista mostrou uma queimadura no antebraço. Segundo ele, o único fato que pode ter feito a mulher pensar que ele estaria lhe tocando, seria o de ele ter coçado a queimadura. Após o B.O, a jovem postou um pedido de desculpas no Instagram e disse que tudo não passou de um engano. O motorista, no entanto, espera Justiça. “ Tenho duas filhas, trabalhei 20 anos como taxista e agora estou na Uber. Nunca tive nenhum tipo de problema, quem fez isso deve pagar pelos seus atos para que não o faça com mais ninguém. Prejudicaram a vida de um pai que só estava trabalhando”. A Uber, chegou a suspender o motorista para averiguação, mas depois de constatar que o fato não era real, devolveu a Carlos o direito de fazer corridas. O carro não é mais o mesmo, o nome e a foto do perfil também não. Ele teve que trocar o nome e mudar a foto para que os passageiros voltassem a solicitar corridas. Tentamos contato com as duas mulheres envolvidas no caso, mas não obtivemos retorno. O caso traz à tona a questão da responsabilidade sobre o que é publicado na internet. Quem compartilha uma informação falsa, também pode ser alvo de processo.