A prefeitura do Rio está perto de tirar do papel o projeto que prevê a blindagem, com argamassa especial, de escolas da rede municipal situadas em áreas de risco.
A ideia ganhou força em abril do ano passado, logo após a morte da estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, baleada dentro de um colégio público em Acari, na Zona Norte. Há cerca de duas semanas, foram concluídos, de forma satisfatória, testes realizados por peritos da Polícia Civil com o material a ser utilizado no revestimento das unidades. A prefeitura aguarda apenas o recebimento oficial dos laudos para dar início à licitação que vai escolher a empresa que fornecerá o material para a blindagem.
Inicialmente, ainda em 2017, divulgou-se que a argamassa seria importada de uma companhia nos Estados Unidos, supostamente a única do mundo a fornecer o material. Duas empresas nacionais, contudo, também estariam aptas a produzi-lo dentro das especificações estabelecidas pelos testes, o que baratearia a fabricação. A escolha final da fornecedora será feita por meio de concorrência.
|
|
Procurada, a Polícia Civil não forneceu maiores detalhes sobre a avaliação da argamassa. A Polícia Militar, que também realizou testes a pedido da prefeitura, não se pronunciou. No início de março, porém, o prefeito Marcelo Crivella, durante agenda pública, informou que o material “resistiu a tiros de fuzil a 15 metros” e que a instalação da argamassa começaria “nas próximas semanas”.
A prefeitura, entretanto, ainda não divulgou prazos nem detalhou quais escolas receberão o revestimento especial em um primeiro momento. Por nota, disse apenas que “aguarda o laudo sobre os testes realizados”. Cesar Benjamin, secretário municipal de Educação, chegou a dizer, no ano passado, que gostaria de blindar as 45 unidades da rede no Complexo da Maré.
— Isso vai ser avaliado caso a caso, conforme o projeto for tomando forma — explicou, agora, o secretário, também sem entrar em maiores detalhes.