Um dia depois de iniciar a greve dos petroleiros a Federação Única dos Petroleiros (FUP) orientou os sindicatos da categoria a suspenderem a paralisação.
Em comunicado no site, a FUP afirma que este recuo momentâneo é necessário “para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”.
A decisão foi tomada após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerar a greve ilegal e elevar de R$ 500 mil para R$ 2 milhões a multa diária aplicada aos sindicatos. Segundo a FUP, essa medida é uma maneira de “criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais”. O comunicado da entidade também destaca que “essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente”.
Entre as reivindicações do movimento da FUP e seus sindicatos, estão redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis e a saída imediata do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente. O movimento também é contrário a uma possível privatização da empresa.
Ainda no comunicado desta quinta-feira, a FUP destaca que “a pauta pela mudança da política de preços da Petrobrás é de todos os brasileiros, pois diz respeito à luta histórica contra a exploração do país”. Segundo a entidade, isso ainda ocorre com o petróleo e, por isso, “a população está pagando preços absurdos pelo gás de cozinha e pelos combustíveis”
A categoria tem uma nova assembleia nesta quinta-feira. Segundo a FUP, as operações continuaramm normais porque nas 25 unidades em que houve adesão — dez são refinarias — foi suspensa apenas a troca dos turnos. Assim, a equipe que não foi substituída mantém as operações por questões de segurança, uma vez que equipamentos de uma plataforma ou refinaria não podem ser desligados em pouco tempo.
Reajuste
Ontem a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço da gasolina nas refinarias. A partir de hoje, o combustível tipo A vai subir de R$ 1,9526 para R$ 1,9671 (valor sem tributos). O reajuste equivale a 0,74%. O preço do diesel será mantido em R$ 2,1016, como determina o acordo firmado entre o governo federal e os caminhoneiros, por 60 dias.