Seis meninos foram retirados neste domingo (8) de uma caverna no norte da Tailândia, onde estavam presos há 15 dias, de acordo com uma autoridade que participa da equipe de resgate. O início da operação para trazer à superfície o grupo de 12 garotos, de 11 a 16 anos, e do técnico, de 25 anos, foi anunciado nesta madrugada (no horário do Brasil). Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos garotos já resgatados.
O porta-voz oficial das operações, Narongsak Ossottanakorn, disse que 18 mergulhadores foram designados para as tarefas. Segundo ele, os níveis das águas que inundam parcialmente a caverna caíram significativamente e, com isso, os meninos poderiam caminhar em grande parte do trajeto. A operação conta com 18 mergulhadores, sendo 13 especialistas internacionais e cinco tailandeses experientes, que vão conduzir o grupo pelos trechos inundados da caverna Tham Luang, que está complemente no escuro. Toda a operação, considerada complexa e perigosa, pode durar até 4 dias.
Em cada viagem para a caverna onde estão os jovens, os mergulhadores têm que atravessar cerca de 1,7 quilômetro de passagens estreitas, entre visibilidade nula e correntes de água, partindo de um posto provisório no interior da caverna, um caminho que entre ida e volta leva cerca de 11 horas. Narongsak disse que médicos e membros da equipe de saúde foram colocados dentro e nas proximidades da caverna para proceder diante de uma possível transferência de emergência do grupo
As autoridades deram ordens para que os mais de mil profissionais de comunicação que estão próximos da caverna que deixem o local.
A chegada de mais chuvas, previstas de hoje até quarta-feira (11), poderá aumentar a pressão na já complicada missão de resgate.
O grupo, composto por 12 meninos, de 11 a 16 anos, e um adulto de 26, foi localizado na noite da última segunda-feira (2) em uma ilha de terreno seco, a quatro quilômetros da entrada da caverna e após nove dias de intensa busca da qual participaram mais de 1.300 pessoas. Eles puderam recuperar parcialmente as forças quando foram assistidos por médicos e psicólogos dentro da caverna.
Além disso, os meninos e o treinador receberam um treinamento intensivo para aprender a mergulhar, uma atividade que os especialistas qualificam de risco elevado.