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Com as eleiçőes, os mentirosos, quase-fichas-sujas e falastrőes estăo soltos. Muitos năo poderiam mais concorrer, pois se envolveram em vários escândalos, mas escaparam pela complacência misteriosa de desembargadores e juízes. Ostentam uma biografia comprometedora que recomendaria serem banidos da vida pública em nome do interesse público. Fizeram promessas mirabolantes para uma época de crise econômica e recessăo prolongada.
Mas a internet facilita o acesso à informaçăo sobre a trajetória dos postulantes ao posto de governador. Por isso, assistimos a reviravoltas radicais nas intençőes de voto. No caso do DF, diversos falastrőes têm a biografia manchada pela participaçăo em falcatruas. Já foram alvo de investigaçőes do Ministério Público e apareceram várias vezes com destaque nas páginas policiais.
Năo nos esqueçamos de que Brasília viveu grave crise com dois governadores que se tornaram réus da Operaçăo Caixa de Pandora, o chamado Mensalăo do DEM, e da Operaçăo Panatenaico, da Polícia Federal, que investigou fraudes nas obras do Estádio Mané Garrincha. As obras tiveram um orçamento inicial de R$ 600 milhőes. No entanto, foram superfaturas para mais de R$ 1, 6 bilhăo. A denúncia acusa o ex-governador Agnelo Queiroz de receber R$ 6,495 milhőes. José Arruda teria surrupiado R$ 3,92 milhőes, e Tadeu Filippelli, R$ 6,185 milhőes.
Parece que as mudanças nas intençőes de voto manifestadas nas pesquisas revelam que a internet está jogando a favor dos eleitores. Candidatos que começaram surfando em promessas mirabolantes começam a declinar ao passar pelo crivo dos eleitores, pois têm uma biografia toda enrolada de gente que sempre se envolveu em falcatruas ou já está condenada em primeira instância.
Brasília tem esse histórico de governadores acusados e presos. Năo pode se expor novamente a candidatos com uma biografia comprometedora que sugere o projeto de saquear o erário ou de cometer novos delitos. Nunca fizeram nada a favor de Brasília quando ocuparam cargos públicos. Só mereceram destaque nas páginas policiais.
Se comparado com outros estados, o DF năo esteve tăo mal. Outros estados atrasaram o pagamento dos funcionários públicos. O Rio Grande do Norte năo pagou os policiais e padeceu com uma grave crise da segurança pública. O Rio de Janeiro entrou em colapso fiscal. Năo se pode comparar os tempos atuais de recessăo com a era de fartura de Joaquim Roriz. É preciso avaliar em comparaçăo a outros estados atualmente.
Parece que a internet está jogando a favor dos eleitores. É só apertar o botăo do Google que aparece toda a biografia dos candidatos. Alguns têm uma folha corrida de assustar.
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Fonte: Cidades