Um motorista de aplicativo foi indiciado na última quarta-feira (3) por suspeita de pedofilia contra criança de 10 anos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O caso ficou conhecido por um vídeo que mostra o suspeito perseguindo a criança e depois se masturbando em sua direção.
A menina de 10 anos voltava da escola enquanto um carro branco, que o suspeito usava para fazer transportes por aplicativo, andava devagar ao seu lado. Em determinado momento, a criança começa a correr e o motorista para o carro um pouco à frente.
Uma outra câmera revela o motorista deixando o veículo e, parado em pé junto à porta do carro, ele começa a se masturbar em direção à criança, que não é possível por esse ângulo da gravação.
O suspeito procurou a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) para alegar que estava sofrendo o crime de difamação pelo vídeo divulgado em redes sociais.
Em depoimento, ele contou que parou para fazer xixi, sendo a presença da criança uma coincidência. Entretanto, de acordo com a Polícia Civil, “é possível identificar claramente” que o motorista de aplicativo estava se masturbando em direção à estudante.
O caso aconteceu no dia 14 de setembro, mas a vítima só conseguiu relatar o ocorrido aos pais na manhã do dia seguinte. O depoimento da criança e da mãe contradisse a versão do motorista em diversos pontos.
Em entrevista a RecordTV Rio, o delegado da DRCI Pablo Sartori se mostrou preocupado com a índole do suspeito. “Uma pessoa que não se sente constrangida de perseguir uma criança na rua, fazer um ato de cunho sexual no meio da rua, lugar aberto, e depois também não se sente constrangido de procurar a polícia para, tentar assim, usar a própria polícia como escudo do seu ato, é uma pessoa perigosa que tem que ser tirada do convívio social”, concluiu Sartori.
O suspeito, se condenado, poderá cumprir pena de dois a quatro anos de reclusão. Ele não foi detido.