A privatização prevê a garantia para empréstimo de R$3,5 bilhões do estado para pagamento dos servidores
A discussão do projeto de venda da Cedae começa nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A privatização prevê a garantia para empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao Estado para pagamento dos servidores e amenizar a aguda crise. Entretanto, o funcionalismo não apoia e protestos estão previstos ao longo da semana.
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio (Muspe) começará uma vigília a partir das 10h desta segunda-feira em protesto contra a privatização da companhia. A previsão é que a votação dure até quinta-feira. “”Acredito que seja necessário a semana inteira para conseguir votar todos os destaques”, disse o presidente da Casa, Jorge Picciani, na última sexta-feira.
Confira como será a votação
10h – Discussão das 211 emendas apresentadas ao projeto em reunião dos líderes partidários. O colégio de líderes funciona para que os deputados cheguem a um consenso mínimo sobre as emendas.
11h – Votação da privatização da Cedae — projeto de lei 2.345/17. Logo no início, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) dará um parecer sobre as emendas acordadas e o texto base começa a ser votado. O projeto será aprovado com votos favoráveis da maioria simples dos deputados, ou seja, metade mais um voto dos parlamentares presentes na sessão no plenário.
Depois da votação, os deputados autores de emendas que não foram incluídas no acordo poderão fazer requerimentos de destaque para a votação em separado de suas propostas.
Movimento dos servidores promete novos protestos contra a privatização da Cedae, em frente a Alerj
Clever Felix/Parceiro/Agência O Dia
Funcionários da Cedae entram em greve contra a privatização
Funcionários da Cedae entraram em greve à 0h desta segunda-feira, em protesto contra a privatização da companhia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ), 30% dos trabalhadores vão manter o serviço funcionando para não prejudicar a população.
A greve durará os dias de votação na Alerj, até quinta-feira, e tem o objetivo de mobilizar a categoria em protestos em frente à Casa Legistlativa contra a privatização. Em nota, a Cedae reiterou que não há paralisação nos serviços prestados pela companhia e informou que o presidente da empresa, Jorge Briard, acompanha todas as atividades, inclusive a produção e distribuição de água.