O futuro secretário de Educaçăo do Distrito Federal, Rafael Parente, defende a modernizaçăo e a consolidaçăo das escolas como espaços “acolhedores e inspiradores”, tanto para professores quanto para alunos. Em sua primeira coletiva de imprensa após a indicaçăo do governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB), o doutor em Educaçăo afirmou que precisa conhecer melhor a realidade do Distrito Federal para traçar os planos da pasta nos próximos quatro anos.
“O que sabemos é que a gente precisa investir na infraestrutura das escolas. A gente precisa investir na formaçăo continuada dos professores, na criaçăo de espaços acolhedores, para que alunos e professores possam ir, e gostar das escolas. A gente precisa criar espaços que sejam inspiradores”, disse o futuro secretário de Educaçăo do DF.
Mesmo tendo aceito o convite para comandar a pasta nesta terça-feira (13/11), Parente já projeta as prioridades para este período de transiçăo. “A gente precisa garantir que as escolas văo começar o ano letivo com tudo preparado, que as crianças tenham o material didático, que os professores estejam bem, que năo faltem professores nas escolas, que năo falte material para as crianças. Acho que essa vai ser a nossa prioridade”, indica.
Rafael Parente nasceu e cresceu em Brasília. Filho da professora Maria Luce de Carvalho e do ex-ministro da Casa Civil, do Planejamento e ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, ele é doutor em educaçăo pela Universidade de Nova York. Atualmente é diretor-executivo da Edufuturo, empresa de inovaçăo na educaçăo e impacto social. Já foi subsecretário de Educaçăo da prefeitura municipal do Rio de Janeiro, entre 2009 e 2013.
O doutor em educaçăo acredita que a experiência como gestor na capital fluminense e na área acadêmica podem colaborar em sua gestăo no DF. “Durante os nossos quatro anos lá no Rio de Janeiro, a gente conseguiu construir mais de 200 espaços de desenvolvimento infantil, que eram, na verdade, uma uniăo da creche com a educaçăo infantil. Năo entendo porque isso năo aconteceu aqui, durante o governo que está sendo encerrado agora. Preciso entender melhor o que foi, talvez questăo de verba”, imagina.
A médio prazo, a proposta do futuro secretário de Educaçăo é modernizar o sistema educacional do DF, que ele considera “ultrapassado”. “O que acontece hoje é que para esses alunos nativos digitais a escola é desinteressante, é irrelevante. A evasăo é só uma consequência. Nós precisamos fazer com que as escolas voltem a ser espaços acolhedores, inspiradores, que façam sentido na vida de nossas crianças e jovens, que sejam interessantes”, acredita.