A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), através da Corregedoria, finalizou a sindicância instaurada em julho, sobre a suposta orgia na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, Zona Norte do Rio. Três inspetores de segurança e administração penitenciária irão responder a processos administrativos porque “valeram-se do cargo público exercido e consentiram o que deveriam proibir”. A conclusão do caso será encaminhada ao Ministério Público Estadual.
Segundo as investigações, três mulheres estiveram na prisão por mais de três horas. De acordo com a sindicância, um dos investigados afirmou que elas seriam a esposa, cunhada e filha de um inspetor, que teria levado a filha para uma consulta médica ao Hospital Alcides Carneiro, em Petrópolis. No entanto, não foi constatado nos registros do hospital o nome da menina.
De acordo com o relatório final, “por considerar inadmissível a tão prolongada presença de mulheres em tal unidade prisional seja associada ao ideal de prover assistência médica à filha de um determinado servidor”, e por entender que a ausência de um servidor se deu “inoportunamente por razões manifestamente escusas, a julgar pela ausência de qualquer registro sobre o atendimento hospitalar que, enfaticamente, o servidor afirmou ter sido prestado àquela dependente, hipoteticamente acometida por problemas de saúde”, foi concluído que os servidores não agiram em cumprimento do dever.
Ainda de acordo com a Corregedoria, será aberta uma nova sindicância pela constatação que funcionava na unidade uma cantina sem permissão formal da Seap, e o local foi administrado por permissionária de lotes envolvidos na Operação Primogênita.