Rio de Janeiro fervia em 2013. No ano seguinte, aconteceria a Copa do Mundo no Brasil. Em 2016, osJogos Olímpicos.
Alguns amigos meus tinham dinheiro guardado e queriam investir em algo que capturasse os benefícios daquele clima de euforia. Éramos cinco, e decidimos abrir um hostel em Santa Teresa, um bairro charmoso da cidade.
Um pouco mais tarde, a crise econômica deu as caras. Eu, que além de tocar o hostel também tinha um emprego em uma consultoria, fui demitida em 2015. Duas semanas antes de casar. Alguns dos sócios originais já tinham deixado a empresa, àquela altura. Para muita gente, fechar parecia o mais sensato.
Em vez disso, decidi mergulhar de cabeça — mas voltando duas casas no tabuleiro. Para cortar despesas, me mudei para o hostel.
Demiti todos os funcionários e passei a cuidar de tudo. Foquei na temática — toda a decoração da casa está relacionada a cerveja — e no trabalho como anfitriã.
O hostel recuperou o movimento depois da Olimpíada, mas percebi que a estrutura ainda era muito pesada. Apesar de ter só seis quartos, estava sujeita às mesmas obrigações de um hotel.
Foi então que decidi transformar a empresa em MEI. Além de ser mais barato, o CNPJ de um MEI pode incluir até 15 atividades, o que me deu flexibilidade para ter rendas complementares. Deu certo.
No ano retrasado, venci o Prêmio Citi Jovens Microempreendedores e, desde então, trabalho também em programas de capacitação de empreendedores.”