Os BRTs nasceram como a promessa de resolverem o precário sistema de transporte que servia à Zona Oeste da Cidade. Os ônibus antigos que cruzavam com dificuldade a Serra da Grota Funda, eram um martírio para moradores. Com a chegada dos modernos ônibus articulados, pistas cerceadas e estações, parecia que o pesadelo havia acabado.
Porém o descaso das autoridades, a falência do Estado do Rio, mais a incompetência administrativa e corrupção das empresas, vêm desgastando o sistema que agora, por conta do número cada vez mais reduzido de ônibus articulados, serão implementados ônibus convencionais no corredor Transoeste, como medida emergencial.
A decisão foi tomada pelo interventor no Consórcio Operacional BRT, Luiz Alfredo Salomão e segundo informações tem caráter provisório.
Os “novos” ônibus vão fazer apenas serviços diretos, sem paradas, entre o Terminal Alvorada e as estações de Mato Alto, Pingo D’Agua e Santa Cruz, e terão pontos de embarque especiais, fora das atuais plataformas – sem gerar custos adicionais aos usuários.
A ideia é que com a medida, os ônibus articulados sejam recuperados, e a princípio será utilizada em um prazo suficiente para que as operadoras atuais do sistema possa por em operação os ônibus articulados em quantidade que consiga atender a demanda dos usuários. A expectativa é de haja uma nova licitação e que novas empresas consigam atender as atuais demandas.
Pelo acordo firmado entre as empresas atuais e o governo, seriam disponibilizados 429 veículos, sendo que atualmente esse número raramente ultrapassa 250 veículos. O governo do estado investiu R$ 7 bilhões para construir estações e pistas exclusivas. A ideia é que os ônibus convencionais sejam utilizados nos horários de pico.