Agora, em entrevista, Vanderlei Pagliarini voltou a citar o colete salva-vidas. Pagliarini completou dizendo que considera o fato “uma tragédia, mas tragédia com responsabilidades criminais”.
“A polícia não vê de outra forma. É uma tragédia, mas tragédia que também traz responsabilidades criminais”, disse ele, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da TV Globo. “Ela estava sem colete salva-vidas. Estava usando apenas roupa de banho. É norma da Marinha: se a pessoa ingressou em uma embarcação, ela deve estar portando e utilizando o colete salva-vidas”, completou.
Para o delegado, houve negligência por parte do empresário, que, mesmo advertido sobre o mau tempo, saiu com a embarcação para o mar. No depoimento do proprietário da marina, ele afirma que alertou o empresário sobre a previsão de uma tempestade, e que às 15h37 de domingo, encaminhou uma mensagem que recebeu via Whatsapp sobre o vento que já provocava estragos no litoral sul.
O conteúdo desse áudio foi divulgado pela TV Globo:
“Olá, Jorge. Tudo bom? Dá uma olhadinha aí. Se puder se antecipar, o tempo vai ficar feio. Mandaram um alerta de Itanhaém [litoral sul de São Paulo]. O negócio está feio. Então fica esperto aí…”
“Oi, Magrão. Valeu pela preocupação, por cuidar da gente. Tranquilo. Eu já estou no canal. Devo voltar às 17h30, mais ou menos”.
Notando que a embarcação não tinha retornado, ele enviou nova mensagem às 17h15, avisando que a situação havia se agravado e que a tempestade já estava no Canal de São Sebastião.
“Oi, Jorge. O negócio está feio, cara. O Canal fechou. É bom você nem tentar atravessar o canal. Afundou até barco no Canal. É melhor você pernoitar por aí mesmo e amanhã, se tiver legal, você saí daí cedo e vem embora. Me confirma aí. Um abraço”.