prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 10, que irá acabar totalmente com os cobradores de ônibus na capital paulista até 2020.
“Não faz sentido no século 21 preservar cobradores em ônibus. Nenhuma cidade civilizada do mundo tem cobrador dentro de ônibus e isso representa um custo altíssimo [R$ 800 mi/ano]. Nosso entendimento é que isso vai ser feito ao longo desses quatro anos, gradualmente”, avisa.
Segundo o prefeito, nenhum cobrador será desempregado. “Os cobradores, treinados, poderão ser motoristas ou atuar no plano administrativo.
O Bilhete Único representa 92% de toda utilização do serviço. Só 8% das pessoas pagam em dinheiro na catraca. Não faz sentido gastar R$ 800 milhões por 8% de um serviço que pode ser 0%”, afirmou.
Há cerca de 19 mil cobradores e 33 mil motoristas, que ameaçam greve sempre que esse tema volta às discussões. O tucano disse também que diminuirá o poder de empresários de ônibus ao cortar à metade o tempo de concessão do serviço, hoje em 20 anos.
Doria reconheceu que cometeu um erro ao apagar os grafites da avenida 23 de Maio. Agora, para o prefeito, o grafiteiro “é um artista”. “Tenho muita autocrítica e não me falta humildade. Acertamos mais do que erramos, mas já reconheci no tema da av. 23 de Maio, quando apagamos as pichações sobre os grafites. Deveríamos ter tido o cuidado de pedir aos grafiteiros para nos acompanhar naquela ação. O grafiteiro é um artista. Eles se sentiram violentados e tinham razão”, afirmou.