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TERRORISTAS DO HEZBOLLAH TÊM LIGAÇÃO COM O TRÁFICO DO RIO
Em fevereiro de 2018, Elton Leonel Rumich, conhecido como ‘Galant’, decidiu passar o Carnaval no Rio. Apontado como um dos chefões do CV e do PCC, ele era procurado pelas polícias do Brasil e do Paraguai. Acabou sendo preso pela Delegacia Especializada em Armas e Explosivos (Desarme) enquanto fazia uma tatuagem em Ipanema. Chegou a oferecer R$ 7 milhões aos agentes da especializada para não ter cinco celulares e uma caderneta com anotações de valores levados. O motivo está sendo aos poucos revelado: uma ligação entre o tráfico e o grupo terrorista libanês Hezbollah.
Na sexta-feira, o braço do narcoterrorismo no Rio foi citado pelo governador Wilson Witzel, durante uma coletiva. “Em breve, uma investigação revelará a ligação entre o tráfico e o Hezbollhah”, disse. A reportagem de O DIA apurou que uma das investigações em curso é justamente o desdobramento da prisão de Galant.
Ainda sob a titularidade do delegado Fabrício Oliveira, a Desarme solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a listagem de nomes de pessoas que realizaram transações financeiras com Galant. O esperado era o retorno de dezenas de nomes. Mas o Coaf respondeu com uma surpreendente lista de 30 mil pessoas, revelando um larga rede. Entre elas, supostos terroristas investigados na lavagem de dinheiro do tráfico na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. “Os nomes desses terroristas foram citados, pela primeira vez, em um relatório do Departamento do Tesouro Americano, de 2006”, apurou O DIA junto a um agente do DEA, agência norte-americana de combate ao narcotráfico.