“Hoje no parque eu conheci uma família; 2 garotos e uma mãe. Fiquei inquieta assim que os vi.
De longe eu pude perceber que a mãe tinha uma leve dificuldade de se mover sozinha, olhando mais de perto constatei que ela era cega. Pude ver também que eram humildes, estavam ali apenas para vender doces. Doces que, com o valor arrecadado, comprariam o arroz e o feijão do dia seguinte.
Eles se aproximaram de onde eu trabalho e perguntaram o preço do cinema (um trailer que passa filme 3D), falei que era 5,00$. Eles se distanciaram e pegaram algo no bolso, pude ver uma nota de 2,00$, menos que a metade do valor do brinquedo. Eles voltaram e humildemente me perguntaram se eu poderia vender 3 ingressos por 2,00$. Logo pra mim?
Fui a minha companheira, que de fato trabalha no parque, contei a situação e ela sem pensar duas vezes, colocou uma pulseira em cada um deles. Pulseira que dá ao cliente acesso em todos os brinquedos do parque e que custa 35,00$ reais cada. Lorena é uma mulher de um coração valioso, dou graças a Deus por ser cercada de pessoas assim.
Eles brincaram e se divertiram muito, mas minha inquietação continuava.
Logo no final do meu expediente, a mãe se aproximou de onde eu e Lorena estávamos. Começamos a conversar e não demorou muito para descobrirmos que a mãe se chama Shirley, tem 29 anos, se trata com neuropsiquiatra, usa valvula no coração e na cabeça. Faz uso de remédio controlado; diazepan 10 e gardenal 100. Não escuta absolutamente nada no ouvido esquerdo e é deficiente visual desde criança. Mineirinha (o desejo dela é voltar para Minas), veio para o Rio de Janeiro em 98, no sonho de arrumar um emprego e como ela própria disse “ter um objetivo de vida”. Se relacionou com um homem que a fez sofrer muito mas que deu a ela um presente.
Dois meninos lindos que eu puder ver de perto o quanto são especiais.
Shirley é artesã, me mostrou as pulseiras de elástico que faz para vender. Ela também é camelô, vende canetas e doces.
Shirley conquistou uma casa através do Minha Casa Minha vida, em 2012. Era seu sonho. Kauan tinha 3 anos e Eduardo 2.
Os dois foram abusados sexualmente pelos vizinhos na presença da Shirley. Ela não pode fazer nada para impedir. Shirley perdeu a casa para os vizinhos após sofrer ameaças. O sonho virou pesadelo.
Hoje ela vive de aluguel em um bairro em Bangu.
Sem móveis, ela e as crianças dormem no chão, apenas forado por um lençol.
É frio no Rio de Janeiro, as crianças e a Shirley não tem o que vestir.
Eles vivem de um benefício que Shirley recebe do governo, que mal paga o aluguel.
Eu e Lorena nos comprometemos em ajudar a Shirley, e pedimos também a ajuda de vocês.
Como dizia Madre Teresa de Calcutá: “O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor”. Que essa frase ecoe no coração de vocês, como ela ecoa no meu sempre e sempre.
Peço que se você pode ajudar a família da Shirley de alguma forma, seja com alimentos, roupas, móveis… entre em contato comigo ou com Lorena via inbox.
O pouco para nós pode ser muito para a outra pessoa.
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Obrigada! A Shirley conta com vocês!
Deus abençoe!
Essa é uma história que uma funcionária no parque se chama Loany Dias. posta na página para ter mais pessoas para ajudar”
Perfil dela: https://www.facebook.com/
Moradores da Vila Aliança em Bangu.
Enviado por uma seguidora