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Em tempos de estudos mal desenhados e que geram desdobramentos no comportamento do comer, sempre para pior, precisamos entender o que o Chile tem feito contra a obesidade e doenças correlacionadas:
✔ Redução do consumo de açúcares refinados (refrigerantes, doces, balas e sorvetes)
✔ sobretaxa de impostos para esses alimentos
✔ Restrição ao Marketink de alimentos não saudáveis direcionados às crianças
✔ Proibição de vendas de comidas não saudáveis nas escolas
✔ Modificações nos rótulos dos alimentos pra sinalizarem que fazem mal à saúde.
Por que isso?
Porque eles descobriram que 75% dos adultos e 50% das crianças até 6 anos estão acima do peso. E isso gera aumento do gasto em saúde pública de modo tremendo para cuidar das consequências da obesidade, que é a hipertensão e diabetes, infarto, câncer, artrose etc.
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Eu iria além: colocaria na grade escolar noções de nutrição e obrigaria as escolas a ter uma mini horta e mini fazenda para incentivar o contato das crianças com a terra e animais. Menos videogame e telefones.
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Talvez isso reduzisse a obesidade, não sabemos ainda. Mas certamente mudaria o cenário devastador que vemos no cotidiano que é a eterna discussão de qual é a melhor dieta, low carb, low fat, etc.
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Não precisa ser inteligente pra saber que extremismos alimentares é exatamente igual a extremismo religioso: terrorismo. E isso é ruim.
Porque cada um merece e deve ter um planejamento adequado para sua dieta, baseado não apenas nos estudos, como também nos seus hábitos, razão pela qual sempre indico o nutricionista. Eles devem ser consultados independentemente de seu peso. Como os dentistas, como os ginecologistas e urologistas. Você deve ir pra fazer tratamento ou prevenção. E caia fora das dietas milagrosas. Elas não existem.
Abração
Instagram @drmarcelotinoco
Dr Marcelo Tinoco nascido e criado em Campo Grande, médico endocrinologista, um apaixonado pelo bairro e é o novo colunista do antigo Campo Grande
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