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JOVEM MORTA DURANTE OPERAÇÃO DA POLÍCIA EM BANGU SONHAVA SER PM. MARGARETH CHEGOU AO HOSPITAL COM CERCA DE 10 PERFURAÇÕES PELO CORPO
A jovem Margareth Teixeira da Costa, de 17 anos, morta na noite desta terça-feira durante uma operação na comunidade 48, em Bangu, Zona Oeste do Rio, tinha o sonho de ser policial militar. Filha caçula de nove irmãs, a jovem morava na região há cerca de três anos, quando deixou Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para viver com o companheiro. Aluna do 7° ano do ensino fundamental de uma escola pública, Margareth sonhava casar na igreja:
— Estávamos juntando dinheiro para casar, vendo as alianças já. Eu amo muito essa menina. Era uma garota cheia de sonhos. Vai ser difícil agora, eu sozinho, sem ela, com nosso filho pequeno — diz o operador de loja Daniel Coutinho, de 21 anos, que namorava com Margareth há quatro anos.
A jovem ia para a igreja com o filho, de apenas 1 ano e dez meses, no momento em que os dois foram atingidos. Segundo testemunhas, os dois ficaram no meio do fogo cruzado. Margareth chegou ao Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, com cerca de dez perfurações pelo corpo, carregada por policiais militares. Ela deu entrada na unidade, por volta das 20h, sem vida. Dois suspeitos também foram levados para o hospital, mas não resistiram aos ferimentos. Eles não foram identificados.
Mariana da Costa, de 20 anos, irmã de Margareth, explica que a adolescente tinha combinado de encontrar Daniel na igreja. No entanto, ele não a encontrou no local e resolveu esperar em casa. Foi quando, por volta de 23h, a irmã de Daniel o avisou que uma jovem havia sido baleada com o filho.
— Ele chegou a ver a poça de sangue no chão, mas não imaginou que fosse dela. Ontem (terça-feira), nós conversamos pela manhã, ela mandou uma foto dela com o meu sobrinho — diz, emocionada, Mariana.
Margareth Teixeira tinha 17 anos. O bebê, que foi baleado de raspão no pé esquerdo, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde do Rio, apresenta quadro de saúde estável após passar por uma cirurgia. Ele chegou à unidade junto com a mãe. No momento dos tiros, a criança caiu do colo de Margareth e bateu a cabeça no chão e teve um ferimento leve na região.