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POLÍCIA INVESTIGA O SUMIÇO DE UMA JOVEM QUE SERIA EX MULHER DO TRAFICANTE MOEDINHA DO SABÃO.
O TRAFICANTE EM 2007 ORDENOU TAMBÉM DE DENTRO DA CADEIA A EXECUÇÃO DA PRÓPRIA ESPOSA.
A jovem Ana Cristina Carlos Siqueira, foi executada na favela do Sabão, no Centro de Niterói (RJ), por ordem do traficante que cumpria pena em um dos presídios de Bangu, teria ordenado a comparsas que a matassem a tiros e queimassem seu corpo para dificultar a identificação.
A ordem para a execução teria sido dada de dentro do presídio e por meio de um telefone celular. O crime aconteceu no dia 19 de agosto de 2007
Segundo o comissário Antonio Augusto de Abreu, chefe de investigações da 76ª DP, o traficante havia descoberto o romance que sua mulher vinha mantendo com Leonardo Maceno Barbosa, também morador na favela do Sabão.
No dia do crime, entre 3h e 4h da madrugada, Moedinha teria ligado de dentro do presídio para seu comparsa William de Souza Ferraro, que teria mandado a mãe de Moedinha, Rosilene Flores, chamar Ana Cristina para falar com o marido ao telefone.
Segundo a polícia, Ana Cristina chegou a estranhar, perguntando porque ele não ligou para o celular dela, mas a mãe do criminoso não respondeu. Antes de passar o telefone para a jovem, Robson teria lhe exibido um bilhete amoroso que ela mandara para o amante e que ele interceptara.
Ana Cristina levou um tiro de pistola 9 mm, que teria sido dado por William dos Santos Ferraro, e um segundo traficante, Marlon Balbino de Souza, que estava perto, teria atirado duas vezes na jovem com pistola 45. Um outro integrante da quadrilha de traficantes, Douglas Santuchi Brandão, usando uma metralhadora, teria cercado o local, não permitindo a aproximação de ninguém.
Segundo o comissário Antonio Augusto, a mãe de Moedinha também teve participação no crime, já que foi ela quem esteve na casa de Ana Cristina e a chamou. “A morte dela já estava decretada e tramada. Somente faltava atraí-la a um local para ser executada”, disse o delegado Mário Azevedo, titular da 76ª DP.
Segundo relatório dos policiais para a Justiça, os fatos apresentados são cruéis e exigem do Estado repulsa e providências. Depois de terem supostamente matado Ana Cristina a tiros, William dos Santos Ferraro, Diego Alves da Silva e Marlon Balbino de Souza teriam arrastarado seu corpo para fora da favela e, nas proximidades de um supermercado, na rua Desidério de Oliveira, despejado gasolina sobre ele, ateando fogo.
Um cordão de ouro que Ana Cristina usava, recolhido por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli no pescoço da vítima, foi reconhecido por Fátima Célia Carlos Siqueira, tia de Ana.