Quatro jogos sem vitórias diante de adversários insignificantes.
Colômbia, Peru, Senegal já mostraram ao mundo o quanto a Copa América é fraca, e hoje em Singapura o time de Tite outra vez só empatou em 1 a 1, com a renovada Nigéria, com cinco jogadores com 20 anos.
A Seleção muito mal no primeiro tempo, no segundo melhorou um pouco. Tite se perdeu, fez substituições sem sentido, enfraqueceu o Brasil, quando o time tinha toda a chance de virar o jogo, tirou por exemplo Gabriel Jesus, o melhor em campo para colocar Lucas Paquetá que jogou a vida toda na esquerda aberto como ponta direita. Algo inexplicável.
Demorou, mas colocou Fabinho em campo mas não no lugar de Casemiro, foi improvisado como segundo volante na vaga de Arthur. Imperdoável.
E o técnico cedeu à pressão colocando Gabigol por 30 minutos em campo só que enfiado no meio dos zagueiros nigerianos, não como está rendendo tanto no Flamengo flutuando pelos lados do campo, Tite sabotou o flamenguista.
O treinador vem demonstrando que está se deixando contaminar pela pressão. Pela cobrança de bom futebol da Seleção.
Neymar tentou se exibir nos dez minutos que esteve em campo. Tudo o que conseguiu foi dar toques de ‘chaleira’ para as câmeras, para o lado. Nada fez de produtivo. Até sentir o estiramento na coxa esquerda, o Brasil perdeu a chance de testá-lo no meio, como pediu a Tite, para atuar da maneira que joga no PSG.
E a Pitch, empresa inglesa que subloca os amistosos do Brasil até 2022, seguirá expondo a Seleção a viagens absurdas. Irá, em novembro, enfrentar a Argentina, que também vendeu seus amistosos para a árabe ISE, que os repassou à Pitch, o jogo será na Arábia Saudita.
Em seguida, o adversário será a insignificante Coréia do Sul, na própria Arábia ou nos Emirados Árabes.
Por dinheiro, a CBF permite esse desrespeito com a Seleção pentacampeã do mundo, Rogério Caboclo deveria entrar na justiça tentar rescindir o contrato com a ISE, com a Pitch. Não se contentar com os milhões de dólares que a CBF recebe por jogos em gramados vergonhosos, depois de viagens desgastantes, inúteis, contra adversários, que nada acrescentam na preparação para a Copa do Mundo.
A partida de hoje mostrou os mesmos erros do jogo contra Senegal. Principalmente no primeiro tempo. Uma equipe com péssima saída de bola. Casemiro e Artur se mostram lento demais. Daniel Alves não tem mais fôlego para ser o lateral versátil que era há dez anos. Gabriel Jesus ficou isolado na ponta direita.
Na nova aposta de hoje, Neymar seria o meia e Éverton Cebolinha, o ponta esquerda. O jogador do PSG teria o mesmo esquema da Seleção copiando o do time que atua. Só para agradá-lo, para que pudesse jogar como se sente à vontade.
Ele tratou de dar toques de calcanhar, dribles desnecessários, longe da grande área. Se exibia para câmeras e fotógrafos. Até que, aos nove minutos, tentou dar uma arrancada de verdade. Seu músculo adutor da coxa esquerda doeu, estirou. Deu sinal que poderia estourar.
E, ele, esperto, pediu a substituição, aos 11 minutos.
Tite tratou de colocar Phillippe Coutinho no seu lugar.
E amistosos, que os países civilizados usam para testar novos jogadores, têm outro significado no cérebro de Adenor. Ele quer vencê-los de qualquer maneira e apelando para um time veterano, que todos conhecem.
O técnico passou a ter a equipe que venceu a Copa América, com exceção do goleiro Ederson, já que Alisson está contundido e do promissor lateral Renan Lodi, na vaga de Filipe Luís.
Os demais formavam a equipe campeã sul-americana. O que ficou claro que não conta muito nos confrontos com times de outros continentes.
Enquanto isso, o alemão Gernot Rohr desejava, lógico, um bom resultado. Mas aproveitava o jogo para dar experiência aos nigerianos. Colocou cinco atletas na casa dos vinte anos.
Tratou de atuar em um versátil 4-5-1, buscando contragolpes em velocidade, como é mais do que habitual no futebol moderno.
O modorrento Brasil atuava no 4-2-3-1, variando para o 4-4-2. Nos dois esquemas, o fundamental é a saída de bola em velocidade. Algo que o Brasil não tem com Casemiro e Arthur. Phelippe Coutinho vive péssima fase na Seleção: inseguro, afobado, tenso.
O fraco futebol do meia refletia em Éverton Cebolinha, muito marcado e sem companhia. No primeiro tempo, Renan Lodi estava travado, nervoso pela estreia.
Gabriel Jesus abandou a ponta direita e passou a flutuar, jogar pelo meio, pela esquerda, buscava espaço. Aprendeu na Copa da Rússia como pode ser suicídio obedecer cegamente Tite.
Roberto Firmino estava preguiçoso.
Ofensivamente, o Brasil não oferecia risco.
A Nigéria se animou e passou a marcar forte a saída de bola da Seleção. E Aribo fez um gol sensacional, dando drible humilhante em Marquinhos, antes de estufar as redes de Ederson, aos 30 minutos do primeiro tempo.
O gol africano deixou os nervos dos brasileiros a flor da pele. Tivesse a Nigéria uma equipe mais experiente, poderia ter ampliado o placar.
No intervalo, Tite cobrou forte seus jogadores.
Everton entrou no lugar de Cebolinha, injustiçado.
E fez o Brasil apelar para o pressing: não deixar os africanos respirarem na saída de bola.
Atuando em bloco, com mais vontade, intensidade, a Seleção encurralou os africanos. E conseguiu logo o empate. Em jogada área, ensaiada por Tite.
Marquinhos cabeçou na trave e Casemiro marcou o 1 a 1, aos dois minutos do segundo tempo.
O Brasil teve a partida aos seus pés. Os nigerianos se enervaram, perderam confiança.
A Seleção estava muito melhor, até que Tite decidiu fazer suas substituições.
Colocou Gabigol no lugar de Firmino. Mas em uma posição onde o atacante flamenguista não rende: preso entre os zagueiros nigerianos. Nada fez de útil. Se for para levar o jogar e colocá-lo onde não atua e não rende, é melhor Tite não convocá-lo.
Depois, o tenso treinador tirou Gabriel Jesus, o melhor em campo, e improvisou Paquetá na direita, uma insensatez absurda.
E para completar, Fabinho entrou improvisado como segundo volante, no lugar de Arthur. O correto seria na vaga de Casemiro.
O rendimento do Brasil caiu drasticamente.
E o resultado foi mais um vergonhoso empate.
Não são apenas os jogadores que não estão rendendo com a camisa verde e amarela.
Tite está em péssima fase.
Daí o jejum de quatro partidas em vitórias…