Um torcedor do Botafogo, identificado como Jonathan Massara, de 30 anos, foi espancado por um grupo de supostos torcedores do Flamengo, em um posto de combustível, na Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, na noite desta quinta-feira. De acordo com a advogada da vítima, Yasmin Lomba, Jonathan estava indo com alguns amigos para o jogo entre Botafogo e Flamengo, no Estádio do Engenhão, quando resolveram parar em posto de combustível.
Torcedor do Botafogo é espancado em posto de combustível na Taquara, na Zona Oeste pic.twitter.com/GEnGjcAb0d
— Casos de Polícia (@CasodePolicia) November 8, 2019
— Ele estava conversando com um mototaxista e vestia a blusa do Botafogo. De repente falaram para ele correr. Quando o Jonathan viu que a confusão estava vindo para o lado dele, correu para dentro do posto, mas não deu mais tempo. Vieram os torcedores do Flamengo e ele só tentou se defender — relatou a advogada.
Ainda segundo Yasmin, os amigos que estavam com a vítima também correram ele acabou ficando sozinho.
— Para mim, o que fizeram com o Jonathan foi uma tentativa de homicídio. O que salvou a vida dele foi que estava de capacete. Ele sofreu quatro perfurações no corpo, na região do braço esquerdo e das costas, como se fosse ferimento a faca ou algo do tipo — afirma Yasmin.
Torcedor do Botafogo é socorrido após ser espancado em posto de gasolina na Taquara pic.twitter.com/6cThJQ68BN
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O estado de saúde de Jonathan é estável. Ele, de acordo com Yasmin, varia entre momentos de lucidez e delírio. Em um primeiro momento ele foi atendido no Hospital das Clínicas de Jacarepaguá. No entanto, ele acabou sendo transferido para um outra unidade de saúde para fazer exames mais especializados. A família da vítima não quis revelar e que hospital ele está internado no momento.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, disse que a confusão entre torcedores do Flamengo e Botafogo começou em um outro posto de gasolina, próximo ao local onde Jonathan foi agredido.
— Esses torcedores saíram correndo em direção ao posto de gasolina que a vítima foi espancada, porque uma viatura da polícia atirou para o alto, para dispersar essa pessoas. No entanto, ao chegarem ao local onde Jonathan estava começou uma nova confusão — contou a testemunha.
O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara), onde 14 homens foram detidos, suspeitos de participação no episódio que feriu Jonathan. Com eles foram apreendidos cabos de vassoura, bastões de beisebol e outros pedaços de madeira.
Outros torcedores feridos
Ainda nesta quinta-feira, um torcedor do Flamengo e outro do Botafogo ficaram feridos em decorrência de confusões entre as torcidas do dos clubes, dentro e fora do Engenhão. Um desses casos foi o do torcedor do Flamengo, Estevão Ramos. Ele estava acompanhado do irmão, que torce para o mesmo time que ele, e um amigo, que é botafoguense. Segundo os familiares, ele levou uma pancada de cassetete e abriu a cabeça.
— Saímos do jogo e estávamos indo em direção ao carro, falando do jogo entre Flamengo e Botafogo e brincando. Quando chegamos perto do carro, um grupo de torcedores do Botafogo começou a discutir com a gente. Acabou uma pessoa empurrando a outra e começou uma confusão generalizada. No meio dos torcedores do Botafogo, um deles se identificou como policial. Nesse momento, policiais do Batalhão de Choque chegaram perto da gente e começaram a nos agredir. Meu irmão abriu a cabeça e o meu amigo ficou com um hematoma no braço. Meu carro ficou todo amaçado por causa da ação dos policiais — contou Anderson Silva, de 28 anos, irmão de Estevão.
Outro torcedor que ficou ferido foi Eric Sander, de 20 anos. Ele é botafoguense e acabou se envolvendo em uma confusão no intervalo da partida, dentro do Engenhão.
— Estávamos no corredor do estádio, quando um flamenguista se enfiou no meio da torcida do Botafogo. Começou todo mundo a empurrar ele. Logo a polícia veio intervir. Eu fui dar um chute no torcedor do Flamengo e um policial bateu com um cassetete na minha orelha, que acabou rasgando — admitiu Eric.
Tanto Eric quanto Estevão foram atendidos no Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio. Ambos estão fora de perigo.
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