O prefeito Marcelo Crivella participou da inauguração de uma clínica veterinária em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na manhã deste sábado, e foi vaiado por parte do público. Mais de mil pessoas aguardavam pela abertura da instalação. Crivella estava ao lado do vereador Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos). Ainda durante a cerimônia, o prefeito rezou um Pai Nosso. Durante a oração, parte do público começou a gritar “fora”, pedindo a saída de Marcelo Crivella. Nesse mesmo momento, alguns simpatizantes do governo transformaram os gritos em “ora”.
— Com isso aí (equipamentos e novas instalações), nós vamos poder atender 35 animais por dia. No fim de semana serão 200 animais. Hoje nós estamos fazendo uma coisa muito importante para Campo Grande — discursou Crivella, em meio ao som de vaias e aplausos.
Durante inauguração de clínica veterinária em Campo Grande, prefeito Crivella foi vaiado e e ouviu gritos de ‘fora’ Confira em: https://glo.bo/2rKGfEB
A fila começou a ser formada às 20h desta sexta-feira. Na manhã de sábado, em uma hora já não havia mais senha para atendimento de cadelas. Hoje, foram distribuídas 980 senhas para atendimento em dezembro e janeiro. A partir de 25 de janeiro, a marcação será pelo site da Subem (Subsecretaria de bem-estar animal), para os meses seguintes.
— Essa é uma demanda antiga, de mais de um ano, da população. Desde julho de 2018, quando a prefeitura fechou sete postos veterinários, eu venho cobrando. Em meio à crise financeira, as pessoas não têm como tratar os seus animais e acabam abandonado. Animal na rua aumenta o risco de zoonoses. A inauguração de postos veterinários é urgente, uma questão de saúde pública — disse o presidente da Comissão de defesa dos animais da Câmara, vereador Luiz Carlos Ramos filho.

O vereador propôs ainda que o posto se chame Manchinha, em homenagem ao animal morto por seguranças da rede Carrefour, em 2018, sendo aplaudido pelas pessoas que acompanharam o discurso.
A dona de casa Luciana Cardoso dos Reis foi uma das primeiras a chegar.
— Eu adotei duas cadelas. Uma foi abandonada aqui no bairro. Tenho um filho especial e não tenho condições financeiras de tratá-las como deveria. Este posto vai ajudar a muitos moradores do bairro, que amam os seus animais, mas estão passando por uma situação difícil e não têm como levá-los ao veterinário, muito menos castrar — afirma Luciana.




