A dietilenoglicol substância encontrada nas garrafas da cerveja mineira Belorizontina, produzida pela Backer, pode ter causado a morte de uma pessoa.
De acordo com informações da polícia civil mineira, que divulgou um laudo na última quinta feira, 9/1, foi detectada a presença da substância em quantidades significativas. Outras sete pessoas que tiveram contato com o produto estão internadas.
A doença até então é um mistério e a fábrica decidiu tirar o lote de circulação. A polícia encaminhou amostras recolhidas nas residências das pessoas que sofreram contaminação pelo dietilenoglicol no barro de Buritis, que fica na Zona Oeste de Belo Horizonte.
Os pacientes que ingeriram as cervejas tiveram sintomas como insuficiência renal aguda, além de sérias alterações neurológicas. A vítima fatal é oriunda do de Ubá, cidade da Zona da Mata Mineira, mas que visitou Buritis. A morte, ocorreu na última terça feira 7/1, em um hospital de Juiz de Fora, que fica na mesma região.
As investigações sobre o caso seguem e peritos da polícia mineira foram até a fábrica de cervejaria Backer para entender melhor o que houve. De acordo com informações, os lotes contaminados – – os quais não foram informados o destinos – já foram identificados e contam com os números: L1 1348 e L2 1348.
A orientação das autoridades é para que os consumidores que tenham essa cerveja em casa confiram a numeração de suas garrafas. Caso os lotes correspondam aos divulgados acima, a orientação é para que se entregue o mais rápido possível às autoridades competentes, nesse caso Procon, que classificou a situação como grave, e agências de vigilância sanitária.
A cervejaria divulgou uma nota em suas Redes Sociais na qual informa que o dietilenoglicol não consta na fórmula da cerveja, mas que de qualquer forma irá atuar retirando todos os lotes citados na investigação, serão retirados de circulação: “ Por precaução, os lotes citados pela Polícia Civil e recolhidos na residência dos consumidores, serão retirados imediatamente de circulação”, diz a nota.
SINTOMAS – Os sintomas apresentados pelo Dietilenoglicol são: vômitos, diarréia, dores na barriga, irritação do intestino, entre outros. A perigosa substância é encontrada em máquinas responsáveis pela refrigeração de aparelhos como as chamadas serpentinas.
A polícia segue investigando e de acordo com o delegado responsável pelas investigações, Thales Bittencourt, ainda não é possível identificar como ocorreu o vazamento da substância.
“Podemos afirmar apenas que estavam nestas amostras”, disse o delegado. O Procon participa das investigações e informa que a responsabilidade da cerveja Backer na contaminação ainda não pôde ser confirmada. A investigações têm prazo de 30 dias para serem concluídas.