A Polícia Civil investiga a morte da enfermeira Alessandra Machado, 35 anos, no domingo, após complicações de uma cirurgia plástica feita na clínica Esthetic Life, na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Agentes da 32ª DP (Taquara) trabalham com a hipótese de homicídio culposo (quando não há intenção de matar). No entanto, a polícia ainda aguarda o resultado dos laudos cadavérico e de engenharia para saber mais sobre a autoria do crime.
A vítima foi enterrada no domingo e deixa marido e uma filha. , o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abrirá sindicância para apurar o caso.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) também se manifestou sobre o ocorrido. Segundo a SBCP, o médico não tinha formação na área e a clínica onde foi realizada a cirurgia não tinha suporte para o socorro da paciente. Em 2015, outra paciente morreu na mesma unidade que, à época, chegou a ser interditada.
Segundo estimativa da SBCP, para cada médico com formação em cirurgia plástica, existe o dobro de não especialistas atuando. “Muitas mortes poderiam ser evitadas caso os procedimentos tivessem sido feitos por cirurgiões plásticos qualificados. A formação de um médico especialista em cirurgia plástica exige do profissional de cinco a seis anos de estudo após o término da graduação em medicina. São pelo menos dois anos de especialização em cirurgia geral e mais três anos de especialização em cirurgia plástica”, informou a SBCP em nota.
Pacientes podem consultar se médico é especialista ou não
Os pacientes que vão fazer uma cirurgia plástica podem consultar se o médico que vão operá-los são especialistas ou não. A consulta pode ser feita no aplicativo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), disponível gratuitamente para Android e IOS.
Os dados também podem ser checados no site e na página do Facebook do órgão ou ainda através dos telefones e e-mail: (11) 3044-0000 | 3846-8813 | [email protected]