O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, participou, neste sábado (15/02), ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro, da inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha, que tem 2,5 km de extensão em trecho elevado e duas faixas de rolamento.
A alça deve melhorar o fluxo da Ponte na chegada ao Rio, pois se estima que cerca de 15 mil veículos vão trafegar pelo viaduto diariamente, sem precisar passar pelo início da Avenida Brasil em direção à Zona Oeste e à Baixada Fluminense.
– Há quase 50 anos, o Rio de Janeiro se encheu de orgulho, quando na época o ministro dos Transportes, (Mário) Andreazza, veio aqui e inaugurou essa obra, um monumento à pujança, criatividade e inteligência da engenharia nacional. Quis Deus que, quase 50 anos depois, Vossa Excelència (dirigindo-se a Bolsonaro) viesse aqui para fazer a inauguração da maior obra, depois da inauguração da Ponte, que é esse acesso à Linha Vermelha. Tenho certeza que depois Vossa Excelência estará conosco também para inaugurar a Avenida Portuária – disse Crivella, referindo-se à via expressa de 700 metros, exclusiva para veículos de carga, que ligará Manguinhos, na Avenida Brasil, com o portão 32 do Cais do Porto, no Caju.
A Avenida Portuária está com 75% da obra concluída e será entregue em agosto deste ano.
O custo total das duas obras é de R$ 450 milhões, a cargo da Ecoponte, concessionária que administra a Ponte, como obrigação contratual da concessão.
– Essa Ponte foi inaugurada no governo Médici (em março de 1974) e, obviamente, o trânsito era muito menor naquela época. Hoje, com o contrato assinado de concessão, foi possível fazer essa alça com dinheiro privado. Parabéns aos empreendedores e, em especial, aos engenheiros e operários que trabalharam nessa obra – afirmou Bolsonaro em seu discurso.
A alça terá gabarito mínimo de 5,5 metros de altura, ou seja, somente veículos menores do que essa medida conseguirão passar. Além disso, cada faixa de rolamento terá 3,5 metros de largura.
Construção com impacto social mínimo
Inicialmente, conforme previsto no edital de concessão da Ponte, o trajeto da alça passaria pelo Cemitério do Caju (São Francisco Xavier), prevendo a remoção de diversos túmulos e a desapropriação de 300 imóveis. A concessionária Ecoponte realizou novos estudos, promoveu ajustes e desenvolveu novo traçado, em parceria com a Prefeitura do Rio, Governo do Estado do Rio e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O novo caminho provocou impacto social mínimo, pois reduziu substancialmente o número de desapropriações de imóveis particulares e não precisou mais passar pelo cemitério.