Patrícia Cardoso, coordenadora do Nudecon, conta que o diálogo não avançou na reunião desta sexta-feira, pois há divergência quanto aos critérios sugeridos pelo Nudecon para calcular o valor da indenização. A defensora não descarta a possibilidade de ingressar com uma ação coletiva na Justiça na próxima semana.
“Há pontos complicados nas sugestões feitas pela Cedae, que precisamos ultrapassar, para a gente realmente celebrar um acordo. Vamos avaliar o documento apresentado pela companhia no fim de semana e na segunda-feira de manhã entraremos em contato com o presidente da empresa para informar se vamos ajuizar ou não a ação coletiva”, afirmou a defensora.
Em conjunto com o Ministério Público do Estado, o Nudecon apresentou a proposta de indenização para os consumidores lesados no último dia 4 de fevereiro. Em reunião no Palácio na sexta-feira da semana passada (7/2), o governo e a companhia não concordaram com os critérios para fixação do valor da indenização e informaram que apresentariam uma contraproposta na quarta-feira seguinte (12/2), o que não ocorreu.
Somente na reunião de sexta-feira(14/2), a empresa apresentou suas considerações em relação à proposta feita pelo Nudecon. Até o momento, o único avanço nas negociações está na forma da indenização, que poderá ocorrer por meio de desconto na conta d”água caso o acordo seja realmente celebrado. Os valores negociados estão sob sigilo.
“A companhia não reconhece a falha na prestação do serviço e considera ainda que a metodologia utilizada para chegar ao percentual de desconto sugerido pelo Nudecon não é a melhor. No entanto, vamos avaliar se existe condição de chegarmos a uma solução extrajudicial o mais rápido possível para indenizar o consumidor do Rio de Janeiro prejudicado com a má prestação de serviço público tão importante e necessário, que é o fornecimento d”água”, destacou a coordenadora do Nudecon.