A Polícia Civil prende dois ex-policiais militares e as esposas deles acusados de agiotagem. Foram pelo menos R$ 3 milhões extorquidos de pessoas que faziam empréstimos financeiros com juros abusivos, nos últimos dois anos.
A Operação Parasitas também cumpre 14 mandados de busca e apreensão, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, e em cidades da Baixada Fluminense.
Eduardo Thales Lopes Pires e Vitor Hugo Marinho Garcia são apontados pela Polícia como os chefes da quadrilha, sendo responsáveis ainda pela intimidação às vítimas com uso da violência. Eles chegavam a usar, segundo os investigadores, fuzis e pistolas para ameaçar os supostos devedores.
O delegado responsável pela operação, delegado Pedro Brasil, titular da delegacia de Nova Iguaçu disse que os criminosos agiam com violência e que chegaram a invadir a festa de um dos filhos das vítimas.
Em um dos casos, os ex-PMs colocaram um rastreador GPS no carro de uma vítima e chegaram a invadir a festa de aniversário do filho dela, ameaçando toda a família de morte.
Já Caroline Souza Vilela Barcelos e Amanda de Souza Braga usavam, de acordo com o inquérito, empresas das quais são sócias para receber depósitos das supostas dívidas.
Os presos vão responder por organização criminosa, crimes contra a economia popular e extorsão.
As investigações tiveram início depois que vítimas procuraram a delegacia de Nova Iguaçu e informaram que estavam sendo extorquidas. Foram apresentados diversos extratos bancários, além de notas fiscais da compra de veículos zero km em concessionárias, em nome dos indiciados.
Também foram decretados o sequestro dos bens dos suspeitos e o bloqueio judicial das contas bancárias, para garantir um futuro ressarcimento dos prejuízos.
A ação conta com o apoio de 60 policiais e 10 delegados do Departamento Geral de Polícia da Baixada.