Um ano após ter sido barrada como musa da Unidos de Vila Maria, em São Paulo, por conta da repercussão negativa de uma tatuagem da caricatura de Jair Bolsonaro, Érika Canela, de 28 anos, parece ser outra pessoa. campeã do concurso 2016 do Miss Bumbum – e encontrou uma ‘nova mulher’ às vésperas de outro Carnaval.
Hoje, a estudante considera ‘fútil’ o mundo dos concursos, não apoia mais o atual presidente, voltou a morar em uma cidade pequena, e fez greve de sexo até entrar para a faculdade de Medicina, onde cursa o primeiro semestre.
Érika mantém um bom relacionamento com a direção da escola de samba Vila Maria, mas está chateada para pensar em voltar ao Anhembi em um novo desfile.
“A escola até entrou em contato comigo, mas depois do ocorrido estou receosa. Causou um trauma. A Vila Maria sempre me recebeu muito bem, mas a comunidade se revoltou de tal forma. Falaram palavras bem pesadas pra mim. Pensei em voltar esse ano, mas por conta disso, e também por estar focada nos meus estudos, achei melhor não. Carnaval exige dinheiro, investimento. É uma coisa que não posso agora”, disse a ex-musa da Vila Maria.
O surgimento de uma ‘Nova Érika’
A jovem, que vivia em São Paulo curtindo ‘a fama’ de Miss Bumbum, voltou para sua cidade natal, Dracena, interior do Estado, e entrou para a faculdade de medicina. A mudança de vida não foi nada fácil e até greve de sexo a ex-modelo fez para conseguir passar no vestibular.
“Parei e pensei: ‘O que estou fazendo da minha vida?’. Era vista como um objeto sexual. A faculdade de medicina surgiu por influência da minha família. Quase todos são médicos. Me dediquei, abdiquei de tudo, de redes sociais, tudo. Fiz um voto com Deus e fiquei sem beber, sem sair, sem sexo e sem Instagram até entrar no vestibular”, relembra.
A ‘nova Érika’ não se arrepende de ter feito uma tatuagem de Jair Bolsonaro, mas já não apoia mais o atual presidente. “Ele deveria pensar mais antes de falar. Deveria se portar melhor como presidente. Isso é o que mais me decepcionou. Ele fala coisas sem necessidade. Tenho a tatuagem ainda, não vou apagar agora porque não me incomoda, mas talvez um dia eu apague sim”, conta a estudante.
Outra tatuagem ainda mais polêmica
Mesmo querendo fugir de polêmicas, Érika termina a entrevista mostrando algo que, segundo ela, apenas familiares e amigos próximos sabem. Além da tatuagem de Bolsonaro, a Miss Bumbum fez também um desenho de Donald Trump com Kim Jong-un, frente a frente. Outras figuras políticas que causariam uma repercussão ainda mais negativa para a modelo.
“Essa do Trump talvez me arrependa sim de ter feito. Fiz antes do Bolsonaro e só mostro para amigos próximos, nem publiquei nas redes sociais. Se não tivesse bem doida, não tivesse bebido, não teria feito”, ressalta.
Com 350 mil seguidores no Instagram, Erika avisa que não quer mais fãs apenas de seu bumbum nas redes sociais: “Meu foco agora é a medicina. Meus seguidores querem ver vulgaridade, bunda, mas agora eu não publico mais isso.”
Fonte: Yahoo