De acordo com o delegado Marcos Santana, titular da 50ª DP, a mulher contou que passou a noite do dia 26 e a madrugada do dia 27 de outubro em poder do namorado. Eles estavam em uma casa de festas, quando começaram a discutir e decidiram ir embora.
“Chegando na casa do autor, iniciaram-se novas discussões sobre uma suposta traição que o autor imputava à vítima e, obrigando-a a confessar, a agredia e a ameaçava com uma arma de fogo”, conta o delegado.
No depoimento que prestou na 50ª DP dias depois do crime, a mulher disse que assumiu a traição para que as agressões acabassem. Durante a sessão de tortura, Alexandre chegou a dizer que iria quebrar um espelho para cortar o rosto dela se ela não confessasse.
“Ela só foi liberada após a confissão e ao prometer ao autor que não o denunciaria pelo crime”, Santana acrescenta.
O delegado conta ainda que dias antes do episódio, os dois já haviam discutido em um bar de Itaguaí, quando Alexandre pediu para a namorada desbloquear seu celular para ver suas mensagens. Ela negou e ele pegou o aparelho e a agrediu com o próprio telefone.
“Em seguida, ele ordenou que ela retirasse os pertences do veículo e, no momento em que a vítima aproximou-se do carro, foi empurrada por ele para dentro do veículo. Em seguida, eles deixaram o local”, Santana diz. “Durante o trajeto, o autor ameaçou a vítima, dizendo que iria jogá-la para fora do veículo”.
Agora, Alexandre vai responder pelos crimes de tortura, cárcere privado, dano, injúria e lesão corporal, todos no âmbito da Lei Maria da Penha.




