O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, que pegou o país de surpresa, representa mais um capítulo marcante na relação entre a Justiça e figuras históricas da política nacional.
Collor, que comandou o país entre 1990 e 1992 e renunciou em meio a um processo de impeachment, foi detido em sua residência, localizada em Maceió, Alagoas. A ordem de prisão foi autorizada pelo ministro Moraes com base em investigações sigilosas que ainda não tiveram detalhes oficialmente divulgados.
Segundo informações preliminares, a prisão estaria ligada ao desdobramento de inquéritos que investigam supostos crimes cometidos após sua passagem pela Presidência, incluindo possíveis envolvimentos em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro.
A defesa do ex-presidente afirmou que a prisão é “injusta e arbitrária”, e prometeu recorrer da decisão no próprio STF. Ainda não há previsão oficial sobre a audiência de custódia ou eventual transferência do ex-mandatário para Brasília.
Fernando Collor já havia sido alvo de ações judiciais e denúncias nos últimos anos, incluindo condenações no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2023, foi condenado pelo STF a 8 anos e 10 meses de prisão, mas ainda recorria em liberdade.
A prisão de um ex-presidente reforça o clima de tensão no meio político e jurídico brasileiro, reacendendo debates sobre impunidade, responsabilização de autoridades e a atuação do Judiciário frente a figuras influentes do cenário nacional.
Novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia pela Polícia Federal e pelo STF.