No coração da Amazônia, escondida entre a densa vegetação da floresta tropical, está a maior árvore do Brasil: um imponente angelim-vermelho (Dinizia excelsa) que atinge incríveis 88,5 metros de altura – o equivalente a um prédio de 30 andares. Descoberta por pesquisadores em uma expedição em 2019, essa gigante verde impressiona não apenas pelo seu tamanho colossal, mas também por sua idade estimada em 400 anos.
A árvore foi localizada dentro do Parque Estadual do Paru, uma unidade de conservação no estado do Pará, próxima à divisa com o Amapá. O local, de difícil acesso, exigiu expedições de semanas para que os cientistas pudessem estudar de perto essa raridade.
Uma descoberta extraordinária
A descoberta dessa árvore gigantesca ocorreu a partir de imagens de satélite analisadas por pesquisadores do Projeto “Árvores Gigantes da Amazônia”, liderado por cientistas brasileiros e estrangeiros. Ao notar a presença de possíveis árvores com altura superior a 80 metros, as equipes organizaram expedições para confirmar a existência dessas gigantes.
Após dias navegando por rios, enfrentando trilhas densas e condições adversas da floresta, os pesquisadores finalmente chegaram ao local. O que encontraram foi um colosso natural, com um tronco de dimensões impressionantes e uma copa que se destaca entre as demais árvores da floresta.
O segredo da longevidade
A idade estimada do angelim-vermelho – cerca de 400 anos – significa que essa árvore já existia antes da chegada dos portugueses ao interior da Amazônia. Sua sobrevivência por tantos séculos pode estar relacionada a diversos fatores, como a resistência da madeira do angelim-vermelho, considerada uma das mais duráveis da floresta.
Além disso, sua localização isolada ajudou a protegê-la da ação humana, como o desmatamento e a exploração ilegal de madeira, problemas graves que ameaçam a floresta amazônica.
Importância para a Amazônia e para o mundo
O angelim-vermelho gigante desempenha um papel crucial no ecossistema. Árvores desse porte armazenam grandes quantidades de carbono, ajudando a reduzir os impactos das mudanças climáticas. Além disso, servem como habitat para diversas espécies de animais, como pássaros, macacos e insetos, que dependem dessas árvores para alimentação e abrigo.
A descoberta reforça a necessidade de proteger a Amazônia e seus tesouros naturais. Segundo os pesquisadores, ainda podem existir outras árvores gigantes desconhecidas na floresta, mas a destruição do bioma pode impedir que elas sejam descobertas e estudadas.
Conclusão
A existência do maior angelim-vermelho do Brasil é um lembrete do quanto ainda há para se explorar e preservar na Amazônia. Essa árvore, com seus quase 90 metros de altura e sua história de quatro séculos, representa a grandiosidade da natureza brasileira e a importância de protegermos nossas florestas para as futuras gerações.
Afinal, quem sabe quantos outros gigantes ainda aguardam para serem descobertos no pulmão verde do planeta?