As ações da Embraer (EMBR3) dispararam mais de 3% nesta terça-feira (16) após a divulgação de uma notícia que agitou o mercado internacional: a China suspendeu a compra de aeronaves da Boeing, em uma clara retaliação ao novo pacote de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos sob o governo Trump.
A medida do governo chinês pegou o mercado de surpresa e causou forte impacto no setor aeroespacial. Em contrapartida, a brasileira Embraer viu suas ações valorizarem fortemente, com investidores apostando em uma oportunidade de ouro para a companhia.
A expectativa agora é que a Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, se torne uma alternativa estratégica para suprir a crescente demanda chinesa por aeronaves comerciais, especialmente em um momento de expansão do setor aéreo no país asiático. A China tem um dos mercados de aviação que mais crescem no planeta, e a exclusão da Boeing pode abrir espaço para concorrentes globais, com destaque para a Embraer e a europeia Airbus.
Analistas do mercado financeiro apontam que, embora a Embraer não atue diretamente nos mesmos segmentos da Boeing – sendo mais forte no mercado de jatos regionais –, há grandes chances de a fabricante brasileira ampliar sua participação e até negociar parcerias estratégicas com empresas chinesas. A movimentação já gera expectativa de novos contratos e investimentos.
Além disso, a Embraer vem se destacando por sua inovação, eficiência e bom custo-benefício. Seus modelos da família E-Jets E2 têm chamado atenção de companhias aéreas ao redor do mundo, e agora podem entrar de vez no radar do governo chinês e de suas empresas estatais do setor de aviação.
Nos bastidores, fontes do setor indicam que representantes da Embraer já estariam intensificando contatos com possíveis compradores e parceiros asiáticos. Uma eventual aproximação com a China não apenas aumentaria a receita da empresa brasileira, como também reforçaria sua posição no cenário global da aviação.
Enquanto isso, a Boeing vê mais um revés em sua trajetória recente, marcada por desafios regulatórios, problemas técnicos e agora, tensões geopolíticas.
Com o cenário favorável, investidores ficam de olho nos próximos passos da Embraer, que pode transformar esse momento em uma oportunidade histórica de crescimento e consolidação internacional.