Em conversa com o BuzzFeed, a jovem disse que o assediador estava na frente dela e usava o celular com a tela apagada para verificar se as demais pessoas do ônibus conseguiam ver o que ele estava fazendo. Ela também declarou que agiu por impulso. “Hoje, pensando friamente, eu vejo que corri perigo”, disse ao site.
O caso aconteceu após a lei que torna crime casos de importunação sexual ser sancionada pelo governo federal. A pena para esse tipo de delito varia de um a cinco anos de prisão. Em relato no Facebook, a vítima comentou o caso. “Saí da Delegacia da Mulher com fé na humanidade, apesar do motivo que me levou até lá. O sujeito do ônibus agora está sendo procurado por tentativa de estupro, porque encostou com o órgão sexual em mim no ônibus. (…) Ninguém soube como agir na hora. Fui defendida por 3 adolescentes de 14 anos. Nenhum dos adultos tomou qualquer atitude, nem o pateta do motorista. E eu só queria ficar o mais longe possível do troço que me assediou. Em um ato heroico, enxotamos ele do ônibus. Mas, o correto teria sido um “ninguém entra, ninguém sai” enquanto a polícia não chega. E, por mais que a gente tente imaginar como agiria numa situação dessa, na hora H é bem diferente”, disse.
Por fim, a vítima pediu para quem presenciar casos desse tipo denunciar. “Caso passem por alguma situação parecida, denunciem. Façam o que for possível para responsabilizar os culpados. Se virem alguma mulher passando por alguma situação de assédio, chamem a polícia, aproximem-se, deem suporte à vítima. (…) Assim, a certeza da impunidade não vai mais reinar. Porque foi com essa certeza que ele agiu sem se envergonhar de mostrar o rosto. E por ter nos subestimado, não imaginou que poderíamos filmar a cara dele e tomar atitudes legais. Nós somos fortes, nós somos muitas e estamos juntas. Vamos encontrar este criminoso”, finalizou.



