Uma das vantagens de ser morar no Brasil sempre foi a ausência de episódios terroristas, ataques por conta de discordâncias religiosas, entre outros. Porém infelizmente esse quadro vem mudando gradualmente.
Dessa vez foi a Interpol – Organização Internacional de Polícia Criminal, com sede em Lyon, na França – que ajudou policiais brasileiros interceptarem um possível ataque a uma escola.
A informação foi passada à 56ª DP (Comendador Soares), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que apreendeu na noite da última quinta-feira ( 28/3) um adolescente de 16 anos que planejava um ataque a uma escola na cidade da Baixada – onde já havia estudado.
Informações dão conta de que o rapaz passava por tratamento psicológico há cerca de dois anos. As investigações começaram a dez dias tendo como base a deep web ( espécie de face oculta da grande rede). Os investigadores virtuais descobriram ainda que ele se comunicava com outros usuários da rede através de chats de games, além de ter feito diversas buscas relacionadas à armas.
Contando com o apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e da Secretaria de Estadual de Educação do Rio, a polícia apreendeu o celular do rapaz em sua casa, onde também foram encontradas mostrando que a intenção era real, inclusive haviam várias conversas em aplicativos indicando o local e a forma como o crime ocorreria.
A diligência encontrou materiais relacionados aos recentes ataques. Entre eles vídeos, fotos e links de reportagens.
“As mensagens trocadas pela deep web são de teor muito forte e há outros envolvidos que estão sendo investigados. Estávamos monitorando o garoto há dez dias e tivemos apoio da Seceretaria de Educação do estado para identificá-lo e apreendê-lo”, explicou o delegado-titular da 56ª DP, André Neves que completou afirmando que o adolescente ficava durante horas conectado jogos na Web.
“Foi uma supressa para os pais. Eles estão muito abalados. Ele estava sendo acompanhado por um psiquiatra há dois anos”, explicou o delegado.