O Rio de Janeiro vive um preocupante aumento na criminalidade em 2025, especialmente no que diz respeito ao roubo de celulares. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), o número de roubos desse tipo de aparelho subiu 34% entre os meses de janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
Nos quatro primeiros meses de 2024, foram registrados 6.500 roubos de celulares em todo o estado. Já em 2025, esse número saltou para 8.700 ocorrências. O aumento expressivo acende um sinal de alerta para autoridades e população, indicando que o aparelho, que se tornou item essencial no dia a dia, também continua sendo um dos principais alvos dos criminosos.
Especialistas em segurança pública apontam que a facilidade de revenda dos aparelhos no mercado ilegal, aliada à dificuldade de rastreamento em alguns casos, favorece a ação dos bandidos. Além disso, aplicativos bancários e dados pessoais armazenados nos celulares aumentam o interesse dos criminosos, que agora não buscam apenas o aparelho em si, mas também o acesso às informações que ele contém.
O crescimento dos números chama a atenção principalmente em áreas urbanas e de grande circulação, como terminais de transporte, centros comerciais e regiões turísticas. Muitos roubos acontecem em plena luz do dia, com ações rápidas e violentas.
Enquanto isso, a população vive com medo e insegurança. “Hoje em dia, a gente pensa duas vezes antes de tirar o celular do bolso na rua. É um bem caro e indispensável, mas virou uma armadilha”, conta Marina Souza, moradora da Zona Oeste do Rio.
A Polícia Militar e a Secretaria de Segurança afirmam que estão reforçando as ações de patrulhamento e inteligência para coibir os crimes, além de incentivar o registro de boletins de ocorrência para mapear as áreas mais afetadas. No entanto, moradores cobram medidas mais efetivas e constantes para conter essa onda de roubos.
Com o aumento alarmante, fica o apelo para que as autoridades priorizem o combate a esse tipo de crime que atinge milhares de cidadãos e afeta diretamente a sensação de segurança nas ruas do Rio.