O cenário da criminalidade sobre rodas segue preocupante na Região Metropolitana de São Paulo . De acordo com dados divulgados em abril de 2025, foram registradas 6.790 ocorrências envolvendo veículos automotores, entre furtos e roubos — com destaque para 4.098 carros de passeio, que representam o grosso das ações criminosas. O levantamento revela um padrão claro: 83,6% foram furtos (sem uso de violência) e 16,4% roubos (com emprego de força ou ameaça).
Os criminosos mantêm o foco em veículos populares e de fácil revenda de peças. A lista dos dez modelos mais visados no mês de abril é liderada pelo Hyundai HB20, com 207 ocorrências, seguido de perto pelo Ford Ka (200), Fiat Uno (187) e Chevrolet Onix (186). O clássico Volkswagen Gol aparece em quinto, com 177 registros, seguido por modelos como o Chevrolet Corsa (170), Jeep Renegade (112), Fiat Argo (109), Volkswagen Fox (102) e o Jeep Compass (94).
Esses dados apontam que carros com alta circulação no mercado e manutenção acessível continuam sendo alvos prioritários. E não para por aí: um detalhe que chama atenção é o recorte da idade dos veículos. Os números mostram que modelos com mais de 10 anos de fabricação concentram 1.601 casos, o que reforça a tese de que carros mais antigos, muitas vezes com sistemas de segurança mais frágeis, são os principais alvos.
Outro fator relevante é o horário das ocorrências. A noite concentra o maior número de crimes (1.257), seguida da tarde (1.010), manhã (932) e madrugada (547). Isso revela uma tendência de atuação dos criminosos em momentos de menor vigilância, quando ruas e estacionamentos estão mais vazios.
Já no recorte semanal, a quarta-feira se destaca como o dia mais perigoso, com 865 registros. Um dado que pode ajudar motoristas a redobrarem a atenção nos chamados “dias úteis de risco”.
Ainda que os dados sejam específicos da Região Metropolitana de São Paulo, há uma informação que gerou confusão: os cinco municípios mais afetados listados são paulistas, como São Paulo (2.661), Santo André (257), Guarulhos (253), São Bernardo do Campo (143) e Osasco (120). Esse detalhe pode apontar para um possível erro de compilação, ou até mesmo uma comparação cruzada feita no levantamento original do portal Aliados Brasil.
A realidade é uma só: os ladrões priorizam veículos populares, de fácil comercialização no mercado paralelo, principalmente à noite e em dias da semana mais movimentados. Por isso, investir em rastreadores, travas mecânicas e locais de estacionamento seguros não é mais luxo, e sim uma necessidade básica para quem circula pelas grandes cidades fluminenses.
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