Uma disputa política pelo comando das empresas de ônibus do Rio provocou uma baixa no comando do sindicato que representa a categoria: o empresário Claudio Callak deixou ontem a presidência do Rio Ônibus. Ele havia assumido o cargo em meio à crise provocada pela operação Ponto Final, que investigou esquema de pagamento de propinas para políticos, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral. Callak substituiu um dos presos na operação, Lelis Marcus Teixeira, que na época acumulava as presidências do Rio Ônibus e da a Fetranspor.
Ligado à Real Auto Ônibus, Callak era visto como um empresário sem ligações com Jacob Barata Filho, do Grupo Guanabara, conhecido como “rei do ônibus” pela influência que exerce no setor. Barata também foi preso na operação. A queda de Callak está sendo vista como uma medida que visa fortalecer os empresários ligados a Barata.
A troca de comando ocorre às vésperas de entrar em vigor, a partir de amanhã, a portaria da Secretaria Municipal de Trasnsportes que impõe multa de R$ 924 para empresas flagradas transportando passageiros de pé acima dos limites estabelecidos — duas pessoas por metro quadrado, distanciamento que deverá estar sinalizado no piso do ônibus, com adesivos apontando onde cada passageiros deve ficar.


