Um trágico acidente ocorrido na noite do dia 8 de fevereiro de 2023, em Artur Nogueira, interior de São Paulo, abalou a cidade e deixou uma profunda comoção entre familiares e moradores da região. Dois amigos inseparáveis, que haviam decidido mudar de estilo de vida e trocar o bar por caminhadas noturnas, foram brutalmente atropelados enquanto praticavam a atividade saudável na rodovia SP-107.
As vítimas foram identificadas como Bernardo Geraldo Barbosa, de 56 anos, e Givan Pereira dos Santos, de 48. Segundo informações do portal acidadeon.com, ambos caminhavam regularmente juntos pela rodovia e eram conhecidos na região por sua parceria e empenho em manter uma rotina de exercícios físicos.
Naquela noite, porém, a caminhada terminou em tragédia. Um veículo em alta velocidade atingiu os dois homens e fugiu sem prestar qualquer tipo de socorro. O impacto foi fatal. Os corpos foram encontrados na margem da pista, e o carro envolvido no atropelamento foi abandonado em outro ponto da cidade.
De acordo com a polícia, dentro do automóvel — que apresentava sinais de colisão — foram encontradas latas de cerveja, levantando a suspeita de que o motorista poderia estar embriagado no momento do acidente. A investigação foi iniciada imediatamente, e o caso gerou revolta entre os moradores, principalmente pela covardia da fuga e pelo descaso com as vítimas.
Após cinco dias de angústia e buscas, o condutor do veículo se apresentou espontaneamente à Polícia Civil no dia 13 de fevereiro de 2023. Ele foi indiciado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — e por omissão de socorro, agravada pela suspeita de condução sob efeito de álcool.
A repercussão foi intensa nas redes sociais e na imprensa local. Mensagens de luto e indignação se espalharam, especialmente por se tratar de dois homens que haviam escolhido abandonar o vício da bebida e cuidar da saúde. “Eles estavam tentando mudar de vida. É muito doloroso ver que, mesmo fazendo a coisa certa, perderam a vida de forma tão cruel”, comentou uma amiga próxima à família.
A tragédia levantou novamente o debate sobre segurança nas rodovias para pedestres, a necessidade de maior fiscalização de motoristas alcoolizados e melhor iluminação em trechos urbanos de rodovias estaduais. Vizinhos e parentes das vítimas realizaram uma caminhada em homenagem a Bernardo e Givan, cobrando justiça e maior atenção do poder público.
Enquanto o caso segue tramitando na Justiça, os nomes dos dois amigos se tornaram símbolo de uma mudança positiva interrompida de forma brutal. Eles deixaram um legado de amizade, força de vontade e uma pergunta amarga: até quando a irresponsabilidade no trânsito vai seguir matando inocentes?