A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta sexta-feira (17), uma nova perícia no apartamento onde foram encontradas mortas a influenciadora catarinense Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e a filha dela, Miana Sophya Santos, de 15. O imóvel, localizado em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste da capital, voltou a ser examinado por peritos para esclarecer as circunstâncias das mortes, registradas no último dia 10.
De acordo com informações da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), a vistoria complementar teve como foco o sistema de gás do apartamento. Técnicos especializados analisaram o funcionamento da instalação e possíveis vazamentos que pudessem ter contribuído para o ocorrido. A primeira inspeção havia sido feita ainda no dia da descoberta dos corpos, mas novas verificações foram solicitadas para aprofundar as análises.
O delegado Neilson Nogueira, titular da 16ª DP e responsável pelo caso, informou que o resultado dessa nova perícia será anexado aos laudos anteriores. Segundo ele, apenas após a conclusão de todos os exames periciais será possível determinar com precisão o que provocou as mortes.
“Só saberemos a causa quando todos os exames estiverem concluídos”, disse o delegado, que não estimou prazo para a finalização dos laudos.
Lidiane e Miana foram encontradas após vizinhos relatarem um forte odor vindo do imóvel. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados e precisaram arrombar a porta para entrar no local. O corpo da mãe foi localizado em um dos quartos, enquanto o da filha estava na sala. Não havia sinais aparentes de violência.
A família de Lidiane comunicou que não dará declarações à imprensa neste momento e que todas as informações oficiais serão repassadas por meio dos advogados. Em nota, a defesa informou que a influenciadora cursava medicina e era movida pelo desejo de compreender melhor sua própria condição de saúde, sem detalhar qual seria o problema enfrentado por ela. O advogado J. Orlando Senna afirmou que os familiares aguardam o resultado das investigações e se pronunciarão “no momento oportuno”.
Natural de Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina, Lidiane havia se mudado para o Rio há alguns anos. Ela chegou a trabalhar como modelo antes de se dedicar à graduação em medicina. Nas redes sociais, mantinha perfis ativos, onde compartilhava aspectos de sua rotina e da vida com a filha.
Miana Sophya, por sua vez, tinha se mudado recentemente para a capital. A Escola de Educação Básica Irmã Irene, onde ela estudou em Santa Catarina, publicou uma nota lamentando as mortes e informando sobre o sepultamento, que ocorreu no último domingo (12), no Cemitério Municipal de Santa Cecília (SC). A cerimônia foi marcada por grande comoção entre familiares, amigos e colegas de escola.