O sumiço das jornalistas da Globo News Leilane Neubarth e Mônica Waldvogel levantou suspeitas nas redações do grupo. Isso porque as apresentadoras ficaram cinco dias fora do ar depois de protagonizarem, há um mês, uma discussão com o Presidente da República Jair Bolsonaro. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (08) pelo Notícias da TV.
De acordo com a reportagem, tudo leva a crer que as jornalistas foram, de certa forma, punidas pela Globo. Os Princípios Editoriais do Grupo Globo proíbem os apresentadores de manifestarem publicarem suas posições partidárias. Segundo o diretor-geral de Jornalismo, Ali Kamel, a norma evita que comentários dos profissionais causem “dano” à emissora.
Toda a confusão começou quando Leila Neubarth criticou o compartilhamento feito por Jair Bolsonaro. O vídeo em questão dividiu opiniões e causou polêmica mundial. “Estou desde ontem tentando entender o que leva um Presidente da República a postar uma cena escatológica dessa”, escreveu a jornalista no Twitter, marcando Bolsonaro. Após o tuíte, a edição das 18h da Globo News, telejornal do qual Leilane é titular, foi apresentado por Leila Sterenberg. Leilane só retornou cinco dias depois.
Semelhantemente, ocorreu com Mônica, que ao criticar o vídeo, não apareceu no elenco rotativo do Em Pauta por cinco dias.
Apesar das coincidências, a Globo negou a “punição” e informou que as duas ficaram fora do ar por motivos particulares ou para descansar, uma vez que era Carnaval.