Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, foi vítima de uma agressão extremamente brutal que chocou o país. No dia 26 de julho de 2025, câmeras de segurança flagraram o momento em que ela foi espancada com mais de 60 socos por seu ex-namorado dentro de um elevador em Natal (RN). A sequência violenta, que durou mais de um minuto, causou múltiplas fraturas faciais e provocou uma onda de revolta e comoção nacional.
Após o ataque, Juliana foi levada ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN), onde permaneceu internada em estado grave. No último 1º de agosto, ela foi submetida a uma cirurgia de reconstrução facial, também chamada de osteossíntese, procedimento que visa realinhar e estabilizar os ossos fraturados do rosto. A operação, inicialmente prevista para cerca de cinco horas, teve sua duração prolongada devido à complexidade do quadro, chegando a entre sete e nove horas, segundo os médicos.
A cirurgia foi conduzida por uma equipe multidisciplinar especializada e considerada bem-sucedida. Juliana permanece internada, em fase de recuperação pós-operatória, com dor controlada por medicamentos e redução gradual dos hematomas e inchaços. O hospital informou que o estado clínico da paciente é estável, mas o processo de reabilitação ainda será longo, e novas intervenções médicas podem ser necessárias, dependendo da evolução da cicatrização óssea.
O caso está sendo tratado com prioridade pelas autoridades. O agressor, que já foi identificado, está preso e será indiciado por tentativa de feminicídio qualificado, além de responder por outras acusações relacionadas à violência doméstica. A promotoria do Rio Grande do Norte deve solicitar prisão preventiva enquanto prosseguem as investigações.
Juliana, que já havia registrado boletins de ocorrência contra o agressor por ameaças anteriores, se tornou mais um símbolo da urgência no combate à violência contra a mulher no Brasil. O crime gerou protestos e manifestações pedindo justiça e políticas públicas mais eficazes para proteger vítimas e punir agressores.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres estão oferecendo apoio psicológico e jurídico à família, enquanto a sociedade aguarda por justiça. A expectativa é que Juliana se recupere, física e emocionalmente, e que o caso seja um marco na luta contra o feminicídio.