SOBRE O ASSASSINATO DO CARLOS HENRIQUE
Policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam, na manhã desta terça-feira, em Angra dos Reis, na Costa Verde do estado, o autor do assassinato de Carlos Henrique da Silva Mendes, de 30 anos, conhecido como Enrique Shyne. Localizado a partir de informações do celular da vítima, Luan Ramirez de Assunção, de 21, confessou o crime a agentes da especializada.
Carlos Henrique foi encontrado morto em 15 de junho, em Seropédica, na Baixada Fluminense, dez dias depois de desaparecer. As investigações apontam que ele e Luan marcaram um encontro por um aplicativo de relacionamentos. À polícia, Luan afirmou que os dois foram juntos a um motel em Campo Grande, na Zona Oeste da capital.
Ao fim da noite, ainda de acordo com o depoimento do acusado, Luan cobrou de Carlos Henrique um valor referente ao programa, o que teria gerado um desentendimento. Durante a briga, ainda segundo essa versão, Luan atingiu com um chute a vítima, que acabou rolando de uma escada. A DHBF, porém, permanece apurando as circunstâncias da morte e a veracidade desse relato.
A perícia no carro de Carlos Henrique, utilizado por Luan para retirar o corpo do local, constatou que havia muito sangue no teto e no bagageiro do veículo. Por isso, os investigadores não descartam a hipótese, por exemplo, de a vítima ter sido trancada na mala e asfixiada. Como o laudo cadavérico não apontou a causa da morte, a especializada também pediu uma perícia complementar que possa dar essa resposta.
O ponto onde o corpo de Carlos Henrique foi encontrado, numa zona rural de Seropédica, fica próximo à residência da mãe de Luan. Já o automóvel da vítima, um HB20 branco, foi abandonado próximo à comunidade Dom Bosco, em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense.
— Meu filho era muito especial. Era um garoto alegre e muito amado por nós. Não merecia uma morte dessas. Ele era muito feliz e deixou pra mim essa felicidade. Não quero lembrar dele de uma forma triste — disse a mãe do rapaz, Solange Marinho, de 46 anos.
— Essa investigação teve a participação da família desde o início. Todas as testemunhas foram trazidas pelos parentes do Carlos Henrique, que acreditaram no nosso trabalho. É fundamental que exista essa confiança — completou o delegado Giniton Lages, titular da DHBF
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