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Na madrugada desta quinta-feira (11), uma tentativa de invasão à comunidade conhecida como Batô — dominada pelo Comando Vermelho (CV) — terminou em tragédia para os invasores. Ao menos quatro criminosos foram mortos durante o confronto intenso ocorrido na região da Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo informações apuradas por fontes locais, quatro fuzis também foram perdidos durante a ação mal-sucedida, marcando um duro golpe para os grupos rivais que tentavam tomar o território.
Entre os mortos, dois foram identificados como milicianos ligados à comunidade da Chacrinha e da Cabeça de Porco. Um deles é conhecido como “Pezão da Chacrinha”, apontado como um dos líderes da investida. O outro é “Neguinho do Batô”, ex-integrante do próprio CV na comunidade Batô, que teria recentemente trocado de lado, se aliando à milícia da Cabeça de Porco. Informações obtidas com exclusividade revelam que, ao fazer essa mudança, Neguinho teria levado dois fuzis do CV como “tributo” à nova facção.
A ação desta madrugada tinha como objetivo retomar posições na comunidade do Batô, que há anos é ponto estratégico do tráfico na região. No entanto, o plano acabou frustrado com a pronta resposta dos integrantes do CV, que resistiram à ofensiva com força total. Os corpos dos criminosos foram deixados na região após o confronto, e vídeos circulam nas redes sociais mostrando cenas de violência e armamentos de grosso calibre no chão.
Apesar de rumores nas redes sociais indicarem que o ataque teria sido promovido por integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP), nossas fontes negam qualquer envolvimento do TCP no episódio. “Quem puxou esse bonde foi o miliciano Pezão, e não tem nenhuma Diaba Loira nessa história”, disse um morador, referindo-se à traficante que ganhou fama em disputas territoriais passadas.
A tentativa frustrada expõe mais uma vez a fragilidade da estrutura miliciana diante da resistência armada do tráfico, especialmente em comunidades onde o CV mantém domínio consolidado. A morte de Pezão e de Neguinho representa uma perda significativa para a milícia da região, tanto em recursos humanos quanto em armamento pesado.
Moradores relatam momentos de pânico durante o tiroteio, que começou por volta das 3h da madrugada e durou quase uma hora. Muitos se esconderam dentro de casa, debaixo das camas, temendo balas perdidas. Até o momento, não há informações sobre feridos entre os civis.
A Polícia Militar foi acionada horas após o confronto, e até o fechamento desta matéria, não havia confirmação oficial das identidades dos mortos. A área segue em tensão, e reforços foram enviados para monitorar possíveis novas tentativas de retomada.