Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, apresentou sinais de melhora nas últimas 24 horas. A jovem, que permanece internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), respondeu bem a um novo tratamento para combater uma infecção que vinha complicando seu quadro clínico.
De acordo com o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (10), Juliana está sem sedação e apresentou avanços significativos tanto em exames laboratoriais quanto em sinais clínicos. Os médicos responsáveis pelo caso afirmam que a paciente está reagindo positivamente à terapia adotada para tratar a infecção, considerada um dos maiores desafios desde o início de sua hospitalização.
Embora continue respirando com o auxílio de uma traqueostomia, o fato de Juliana não precisar mais de sedação é visto como um progresso importante no processo de recuperação. “Essa etapa mostra que ela está se adaptando bem às condições atuais de tratamento, o que nos dá esperança de que outros avanços possam ocorrer nas próximas semanas”, explicou um dos especialistas que acompanham o caso.
Entenda o Caso
O incidente envolvendo Juliana aconteceu na noite de 24 de dezembro, quando ela e um grupo de amigos foram abordados por agentes da PRF em circunstâncias que ainda estão sob investigação. Durante a ação, um disparo atingiu a cabeça da jovem, causando graves lesões. Desde então, ela luta pela vida no hospital, enquanto o caso gerou grande repercussão nas redes sociais e chamou a atenção de autoridades e organizações de direitos humanos.
A família da vítima, que tem se mantido ao lado dela durante todo o processo, comemorou os sinais de melhora. “Foi o nosso milagre de Natal atrasado. Temos muita fé e estamos confiantes de que ela vai superar isso”, declarou um parente próximo. No entanto, a recuperação total de Juliana ainda dependerá de um longo caminho, incluindo possíveis cirurgias e tratamentos de reabilitação.
Investigação e Repercussão
Enquanto Juliana luta pela vida no hospital, a abordagem da PRF segue sendo investigada. Familiares e amigos cobram respostas sobre a justificativa para o uso da força letal e pedem justiça para a jovem. Organizações da sociedade civil têm se mobilizado para acompanhar o caso de perto, destacando a necessidade de maior transparência e revisão dos protocolos de abordagem policial.
A evolução no quadro de Juliana traz esperança, mas também reforça a importância de um desfecho justo para o episódio que transformou sua vida e a de seus familiares.